Alguns
incautos da direita começaram a repetir os mesmo erros das esquerdas burras.
Ontem
mesmo, Reinaldo Azevedo criticava a bobagem proferida pelo cartunista Laerte, em desejar usar o banheiro feminino pelo
fato de ser transgênero. Com muita
pertinência, foi argumentado pelo comentarista que não basta querer algo para
que esta coisa se transforme automaticamente em direito, pois esse é um
pensamento absolutamente tosco.
Antes
todos pensassem assim.
O
Deputado Diego Garcia, no entanto, denunciou a manipulação da enquete eletrônica que define família como constituída de um homem e de uma
mulher. A denúncia faz sentido, mas o que está mais errado, já em princípio, é
a existência de uma enquete para estabelecer tal fato. Ora, aquelas para a
abolição total dos impostos ou para estabelecer a pena de morte seriam também,
certamente, majoritárias, mas isso não quer dizer que elas tenham alguma função
prática, senão aquela demagógica e populista.
Se a
vontade unilateral determinasse o casamento, não existiria nenhum motivo para
impedir o campônio de casar-se com a sua ovelha, portanto, não é porque a maior
parte das pessoas estabelece um casamento convencional que este deve ser a
única maneira aceitável.
Todas
as sociedades, em todos os tempos, estabeleceram alguma forma de casamento
porque ele cumpre uma função, e é esta funcionalidade que deve ser discutida.
Conforme já foi falado nesta postagem anterior, o
casamento convencional tem uma série de vantagens, mas o casamento poligâmico
evita a solidão de grande parte da população feminina na velhice e reduz o
desequilíbrio econômico entre homens e mulheres. O casamento homossexual teria
função apenas em sociedades poligâmicas, de maneira a não destituir famílias já
constituídas.
A
sexualidade e o casamento, portanto, não partem de mera discussão de desejos,
mas muito mais profundamente, de uma consistente razão de Estado, e são essas
funções que devem ser conhecidas e discutidas.
Luiz Bonow, 2015
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