Fonte da Imagem: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/08/02/marcela-temer-fara-estreia-em-eventos-oficiais-no-planalto-amanha.htm
O anatomista americano Owen
Lovejoy, pouco após que ele e e sua equipe fizessem uma das descobertas
científicas mais importantes do Século XX, o esqueleto quase completo do mais
antigo ancestral humano até então encontrado, a Australopithecus afarensis “Lucy”,
fez uma declaração interessante: aprendemos a andar de forma bípede antes do
desenvolvimento do cérebro humano, provavelmente para que, em estado natural, o
macho da espécie pudesse portar alimentos para a fêmea que amamentava, sendo que
essa longa proteção ao filhote permitiu o desenvolvimento extrauterino, fazendo
com que ficássemos mais inteligentes.
Em outras palavras, a primeira
característica evolutiva que nos diferencia dos animais é a do homem portar
alimentos e oferecer proteção para a mulher.
Esse é o motivo porque até
hoje em dia, seduz-se com comida: oferecer um drinque, levar para jantar, dar
uma caixa de bombons ou oferecer um alimento à boca para experimentar são
normalmente ações de homens interessados em conquistar suas parceiras.
O amor, portanto, tem uma
leitura objetiva: o homem troca segurança e provimento por sexo, o que não há
nada de errado, pois tem assim sido há mais de 3 milhões de anos. A outra opção
de narrativa, é a visão mística ou idealizada: o amor é algo etéreo, que ocorre
no astral, sob as bênçãos dos anjos e dos espíritos de luz...
Fiquemos, portanto, com o
discurso científico a respeito do amor, pois é muito mais plausível.
Por que estamos falando disso?
Porque estão sendo publicadas muitas críticas nas páginas de Internet sobre a
veracidade do amor entre o nosso velho Presidente e sua jovem e bela esposa.
Como pode? Por que ela não arruma um rapaz bombadinho e vai ser feliz? Como poderia
ser sincera? O olhar terno trocado entre ambos não seria mero fingimento,
conveniência política?
“O dinheiro compra tudo”,
diria Nélson Rodrigues, “inclusive o amor verdadeiro.”. Por quê? Porque somos
humanos e humanos costumam agir em sociedade da maneira programada em nossos
genes, mas projetada, como em um filme, sobre a tela da cultura a que pertencem.
Para uma ancestral primitiva,
talvez fosse conveniente sentir-se atraída pela jovialidade, por peitorais
definidos ou braços fortes, pois indicaria boa possibilidade de proteção e
provimento em um ambiente rude, mas com certeza, sobre o véu da cultura, a
riqueza, o poder político ou o lustro de erudição são características muito
mais atraentes, pois cumprem com maestria as necessidades primitivas tão
necessárias ao prosseguimento biológico da espécie.
O bombadinho pobre e socialmente
insignificante não parece ser uma boa opção, pelo menos para a maior parte das
mulheres inteligentes.
Trocar a beleza feminina pelo
poder e riqueza de um homem é moralmente aceitável? Com certeza, sim. Todos
fazemos isso no cotidiano, por mais que não admitamos.
Será que há amor no Palácio
Presidencial? Muito provavelmente, mas com certeza as feias, as mal-amadas, os
fracassados e os insignificantes não aceitarão esse fato, pois isso seria
encarar a sua infelicidade ao espelho.
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