Mate-se o leitão!
Não! Mate-se logo o boi,
E colha-se coentro nos campos para temperá-lo,
E flores miúdas para enfeitar as mesas,
E alfazema para perfumar a sala,
Tire-se a prataria dos armários e lustrem-se os cristais.
Aos criados, exija-se a alvura dos aventais.
Que em cada janela, acendam-se candeeiros,
Profane-se a capela com enfeites que assobiem ao vento,
E no gazebo, coloquem-se os balões com luzes.
Estique-se a corda para o funâmbulo,
Limpem-se as folhas do tablado dos saltimbancos,
Ajeitem-se as cadeiras para o madrigal,
Busquem-se os malabares,
Os foguetes,
Os apitos e as fitas coloridas.
Que não se silenciem os pífaros.
Alegria!
Pois se também me amas, hoje é festa.
Luiz Bonow, Curitiba, 2012
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