“Tudo nesse mundo é sobre sexo, exceto sexo. Sexo é sobre poder.”

(Oscar Wilde)

quinta-feira, 30 de abril de 2015

AO TOCAR UMA MULHER

Campo de Estudo: Encontros

Eu nunca gostei da palavra “preliminares”, ou “foreplay” para os anglófonos, pois sempre penso que o sujeito que a criou é ruim de cama.
Ora, o ato sexual não é setorizado, não se divide em preliminares, intercurso e dormir depois de fumar um cigarro. Isso será, parafraseando Manuel Bandeira, “contabilidade tabela de cossenos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.“.
Prefiro o popular mesmo, “arreto”, ou uma expressão que tem mais de 1500 anos “prazeres externos”, pois o movimento de tocar deve existir antes, durante e depois do ato e não em apenas um momento. Sexo é um “continuum” de tempo e não algo que se possa colocar em diferentes gavetas.
Em texto anterior deste blog, já falei sobre a Arte de Morder, que é apenas uma das múltiplas maneiras de tocar uma mulher, mas os homens devem ter sempre em mente uma coisa que, por mais que os modernos pós revolução francesa não admitam, existem diferenças fundamentais entre os sexos. E, na arte dos lençóis, deve-se ter sempre em mente um dado da biologia que é a presença muito maior do hormônio ocitocina no corpo feminino. A ocitocina, o popular “hormônio do amor”, torna as mulheres mais afetivas e uma das principais maneiras para que isso ocorra é através do toque, que faz com que determinadas regiões da pele fiquem impregnadas, tornando-as sensíveis ao excitamento. Entre parênteses: o olhar e o tom da voz também provocam descarga de ocitocina.
Além das regiões sexuais, o interior das coxas, a parte de trás do pescoço, nuca e, uma região muitas vezes desprezada, o interior dos antebraços, são locais onde ocorre maior sensibilidade ao contato.
Portanto, amigo homem, não venha com aquele papo de incompatibilidade e incompreensão da sua mulher amada, sem antes responder se você a acaricia o tempo todo.

Luiz Bonow, 2015

quarta-feira, 29 de abril de 2015

AS TRÊS FORMAS DE PROTEÇÃO À VIDA


Campo de Estudo: Propedêutica

Em todas espécies animais, a vida se organiza sempre de três maneiras diversas.
A primeira delas é a obtenção de provimento. Todo bicho precisa ter as suas necessidades alimentares satisfeitas, sob a pena de definhar e morrer.
A segunda delas é a segurança. Os animais mordem, picam, envenenam, correm, ou têm cores e formatos assustadores para evitar os predadores.
A terceira é a reprodução. Aquele que não faz sexo é menos importante: a fêmea do salmão morre assim que desova. O louva-a-Deus permanece copulando mesmo com a cabeça decepada. Os antílopes africanos machos dominantes detém as melhores áreas de pastagem e as fêmeas ficam ao seu redor, com os machos inferiores na periferia do bando: no caso de ataques de outros animais, o dominante é sempre protegido. De uma maneira geral, aqueles que fazem mais sexo, vivem mais, como já foi falado nesta postagem do blog e a única motivação da vida para muitos é o prosseguimento da espécie.
A filosofia hindu já constatava há milênios esses fatos revividos pela biologia moderna, informando que o ser humano tem três objetivos.
O primeiro deles é a obtenção de riqueza (artha), meta derivada diretamente da necessidade biológica de alimentar-se e alimentar quem pertencer ao seu clã. Por isso, a sociedade valoriza os melhores provedores.
O segundo objetivo é o conhecimento (dharma), fator ligado á segurança. Por isso que se valoriza mais um médico medíocre que um, por exemplo, grande especialista em metalurgia medieval lituana. O conhecimento deve ser pragmático, útil aos demais.
A terceira meta da vida é a obtenção de prazer (kama), principalmente o prazer sexual. O solitário e o abandonado é visto como uma pessoa inferior, já que é indivíduo seco da maior relação humana com a transcendência, que é a intimidade com o próximo e a perpetuação da espécie.

Assim, para o jovem que está começando a vida, fica o conselho dos antigos: desenvolva “dharma” para conquistar “artha” e obter “kama”. Esta é a única maneira de alcançar a plenitude da existência.

terça-feira, 28 de abril de 2015

POR QUE OS PORNÓGRAFOS SÃO TÃO GENTE BOA?

Nos tempos que eu estudava na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tinha um professor que era amigo de infância do filho de Nélson Rodrigues, que um dia se intitulou de “Anjo Pornográfico”. Frequentando regularmente a sua casa, o relato que ele contava em aula sobre a sua intimidade correspondia à descrição que se popularizou: realmente, o dramaturgo era uma pessoa gentilíssima e educada, gostava de conversar sobre flores e era um bom pai de família.
Na sua época, também no Rio de Janeiro, havia um homem comum, boa praça, que gostava de tomar chope com os amigos, tinha esposa e cinco filhos e seguia a rotina de funcionário público, mas secretamente ilustrava e publicava revistas pornográficas para adolescentes que ficaram conhecidas em todo o Brasil por “catecismos”. Alcides Aguiar Caminha, mais conhecido pelo pseudônimo de Carlos Zéfiro, era também compositor de sambas.
Os que conheceram o Marquês de Sade também deixaram relatos escritos do mesmo, um nobre não só no título, mas em atitudes, pessoa agradabilíssima e gentil.
Oscar Wilde, preso por seu comportamento homossexual e expulso da Inglaterra, era um verdadeiro “gentleman”, pessoa com acesso às mais altas rodas e com a inteligência aguda que todos conheceram.
Vātsyāyana, a quem se atribui a autoria do Kama Sutra, era um monge hindu, veja-se bem: um Monge!, atividade insuspeita para o escritor de tal obra icônica.
Por que a narrativa do sexo, tão repudiada e vilipendiada, é feita, historicamente, por tanta gente boazinha?
Desculpe, leitor, mas não tenho certeza quanto à resposta, mas arrisco um palpite: o sexo só consegue ser discursado por pessoas boas e honestas. As mal amadas, as pessoas reprimidas, rancorosas e canalhas usam a sexualidade alheia como padrão moral, mas sexo não trata de moral, é uma ciência empírica, como a matemática ou a química, com regras claras e objetivas.
Por isso o contrassenso do discurso cru e rude do sexo com comportamentos socialmente desejáveis. Aqueles que entendem o sentido da natureza humana ganham a aura angelical que os comuns almejam, mas não conseguem alcançar. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

DESIGUALDADE SALARIAL ENTRE HOMENS E MULHERES

Repete-se exaustivamente a desigualdade salarial entre homens e mulheres, 24%  menor, em uma média global, conforme foi noticiado no Blog do Josias.
O que nunca, jamais, é citado, é o fato que a industrialização do país aumenta essas diferenças: Estados Unidos ou Alemanha têm abismos salariais entre gêneros maiores que Portugal ou Polônia, mas em qual dos grupos de países as mulheres vivem melhor?
Será que o foco do feminismo deve mirar na qualidade salarial ou na pouca diferença, considerando que igualdade gera maior pobreza?
Portanto, leitor, cuidado com esses dados, pois maiores diferenças não representam necessariamente menor qualidade de vida.

Os limpinhos estão chegando

É o título da coluna de Luiz Felipe Pondé de hoje que pode ser acessada no link abaixo, uma crítica ao poliamor:

Os limpinhos estão chegando


O SAGRADO E O PROFANO


Campo de Estudo: Orgasmo

Quando perguntaram para Michelangelo como fazer esculturas tão maravilhosas, ele respondeu “Ora, basta apanhar um bloco de mármore e remover o que está sobrando!”.
Se non è vero, è ben trovato.
Os povos antigos relacionavam a sexualidade com religiosidade, mas de onde tiraram isso? Como encontrar Deus? Ou o Nirvana, o Samádhi ou a iluminação através do sexo?
Ora, o orgasmo é um espasmo que nasce na região da pélvis, sobe pela coluna vertebral até o topo da cabeça, espalhando-se, durante o seu trajeto, pelos braços e pernas.
Com a prática e técnicas, uma pessoa consegue travar este espasmo, retroalimentando a sensação e mantendo o prazer por mais tempo. Com mais prática ainda, consegue impedir o espasmo e controlar este fluxo, conduzindo-o da base da coluna para um ponto na cabeça. Em outras palavras, do impulso involuntário e incontido, é possível chegar a uma controle estático (do gregos “stási”, parada) e evoluir, com treino, para um controle absoluto, um “êxtase” (do grego ex-stási, sair da situação parada).
A estase, com “s” e sem acento, é a sensação de parada, de cessar o fôlego, que se tem diante de uma obra de arte ou de uma paisagem que nos deixa atônitos. O êxtase, com “x”, é a sensação estupefaciente do orgasmo controlado e da experiência religiosa.
E como consegui-lo?
O espasmo do orgasmo pode ser controlado pela contração do triângulo equilátero muscular da pelve, através de pressões, que em sânscrito são chamadas de vajroli-mudra, que é a contração da base do pênis; mula-bandha, que é a contração do períneo e ashwini-mudra, que é a contração dos esfíncteres do ânus. Para as mulheres, as musculaturas a serem contraídas estão ao redor do clitóris, dos ovários e do períneo, formando também um triângulo, mas com a ponta para baixo.
Uma vez aprendidas essas técnicas, basta conduzir essa energia produzida para o ponto do meio das sobrancelhas enquanto observa-se um ponto no interior da cabeça, na altura do meio das sobrancelhas, o que produz, em prática avançada, alucinações visuais e auditivas na forma de luzes e sons preternaturais. Tudo sem o uso de drogas. Essas alucinações produzem um prazer muito maior que o mero espasmo do orgasmo.
Isso é êxtase.
Simples, não? Na teoria, tão fácil quanto esculpir uma Pietá...

domingo, 26 de abril de 2015

Cheiros Preferidos

Cheiros de pneus e de bacon são os preferidos dos homens.
Mulheres adoram cheiros de bebês!
Para criar um ambiente que relaxe e atraia o parceiro, que aromatizante, que nada! Cheiro de pão fresco é muito melhor.
É o que diz a pesquisa britânica publicada no The Telegraph sobre a preferência dos cheiros. A lista lista está no final da reportagem:


sábado, 25 de abril de 2015

Família Poligâmica


Compartilhando uma reportagem que correu a Internet, sobre uma família a três, com um título certamente infeliz:

AS MULHERES QUE ENFURECERAM FEMINISITAS DO MUNDO INTEIRO


Não sei se essas mulheres enfureceram as verdadeiras feministas, mas com certeza enfurecem o pessoal da esquerda igualitária que não compreende que igualdade não tem nada a ver como isonomia, conforme eu expliquei no texto SERIAM AS FEMINISTAS IGUALITÁRIAS?

sexta-feira, 24 de abril de 2015

A ARTE DE MORDER

Campo de Estudo: Encontros

Os sutras (conjuntos de aforismos) sexuais clássicos indianos, como o Kama Sutra ou o Ananda-Ranga dividem o ato sexual em duas partes, os “prazeres internos”, ou a cópula em si, e os “prazeres externos”, ou, recorrendo ao popular, os arretos.
É importante que ambos, ou todos, os envolvidos no ato estudem essas práticas, de maneira a proporcionarem mais satisfação ao outro.
Dentre os prazeres externos, os antigos possuíam o requinte de classificar os diversos tipos de mordidas:
Mordisco Oculto, aquele que apenas produz vermelhidão;
Mordisco Inchado, quando a pele é pressionada em ambos os lados;
O Ponto, é aquele que atua em um pequeno ponto da pele, utilizando-se apenas dois dentes;
Linha de Pontos, utilizam-se todos os dentes, em uma pequena porção da pele;
O Coral e a Jóia, refere-se ao uso dos dentes (jóia) e dos lábios (coral);
Linha de Jóias, utilizando-se todos os dentes em uma grande área;
A Nuvem Rasgada, é quando uma sequência de mordidas é aplicada nos seios, com todos os dentes, fechando-se a boca a cada mordiscada, de maneira que várias marcas formem o desenho de uma nuvem;
A Mordida do Javali, normalmente aplicada sobre seios e ombros, com intensidade.
Os clássicos ensinam ainda que quando um homem mordisca uma mulher, ela deve mordiscá-lo mais intensamente, de maneira a promover uma disputa amorosa, ou seja, a uma mordida “Ponto”, deve corresponder uma mordida “Linha de Pontos”, e assim por diante.
É o prazer, portanto, sempre um “crescendo”.

O único limite é a Lei Maria da Penha!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

O PI DO SEXO


Campo de Estudo: Propedêutica

O ótimo filme chamado “Lanternas Vermelhas” passa-se na casa de um rico comerciante chinês no início do século XX, na qual ele mantinha suas quatro esposas. É conhecida a parábola do budismo indiano do Rei e Suas Quatro Esposas. Este é também o número de casamentos permitido pelas leis da Arábia Saudita, seguindo o Alcorão, e ainda recomendado pelo Talmud, o livro de sabedoria hebraico.
Por que nas sociedades poligâmicas costuma se repetir o número quatro? Por que não duas esposas? Por que não dez? Se, como as feministas propagam, a poligamia é imposição de machistas, porcos chauvinistas, brutamontes, contra comunidades de mulheres bocós e exploradas, será que esses homens cafajestes não iriam preferir possuir, como no exemplo do sábio Salomão da Bíblia, 700 esposas e 300 concubinas?
As sociedades monogâmicas mostram claramente a resposta.
Observe-se as últimas colunas do gráfico da taxa de nupcialidade do IBGE, para o nosso país:

    Como pode ser percebido, ao chegar-se em idades mais avançadas, existirão aproximadamente quatro vezes mais homens casados que mulheres. À medida que a idade progride, homens normalmente estarão casados e mulheres, em regra, estarão sós.
O leitor pode facilmente observar este fenômeno no seu ambiente de trabalho, na sua família e amigos. As jovens meninas normalmente possuem um namoradinho, mas à medida que caminham em anos vão ficando abandonadas. E esta diferença se inicia já na faixa etária dos 25 anos (sic!).
A figura caricata da solitária “velha dos gatos” é absolutamente comum e significa que a grande maioria das mulheres na nossa sociedade será utilizada, enquanto jovem, como mero objeto sexual pelos homens e depois abandonada com o passar do tempo, pois o matrimônio vitalício acontecerá apenas para uma minoria de 25% da população feminina.
A monogamia das sociedades ocidentais, portanto, é um dos melhores exemplos de como o tratamento isonômico nas questões de gênero, tão propagado pelas feministas de esquerda, leva a tremendas desigualdades.
O número de quatro esposas para cada marido, como o número áureo, o número exponencial ou o Pi, é um número da natureza, não foi inventado por ninguém. Toda vez que for extrapolado, sobrarão homens e toda vez que um número menor de esposas for estabelecido, sobrarão mulheres na sociedade.
Por isso, pode-se chamar o quatro de “O Pi do Sexo”.


quarta-feira, 22 de abril de 2015

POR QUE MANTER RELAÇÕES SEXUAIS? - 2ª Parte

Campo de Estudo: Propedêutica

Por mais que o conjunto dessas pesquisas citadas na 1ª Parte pareçam conclusivas ao determinarem a necessidade de ejacular com grande frequência, elas podem estar profundamente erradas. O Doutor Wayne van Voorthies, da Universidade do Arizona, conduziu uma pesquisa com nematoides , refeita diversas vezes sempre com os mesmos resultados, descobriu que os vermes que podiam copular livremente viviam uma média de 8,1 dias. Os que não podiam copular, que ele chamou de minhocas monásticas, viveram 11,1 dias. Por fim, as que podiam copular livremente, mas não produziam esperma, o que ele chamou de minhocas orgasmáticas, viveram 14 dias, quase 50% a mais que as primeiras.
Há um estudo ainda faltando. Ainda não se sabe nada a respeito se existe diferença entre ejacular ou não no final do ato sexual, ou se o que importa é apenas o orgasmo no que se refere a humanos, como acontece com vermes. Se existe um real benefício à saúde ou as técnicas tântricas, que parecem ter sido as primeiras a preconizar o controle da ejaculação, tiveram apenas a função de promover esta retenção com a finalidade de produzir satisfação para duas ou mais mulheres, estando os chineses antigos, que a preconizavam para fins medicinais, simplesmente equivocados. O orgasmo sem ser acompanhado de ejaculação nesse sentido funcionaria apenas como uma maneira de obter e dar prazer, o que já é uma grande vantagem, mas sem trazer maiores benefícios físicos ao homem, do ponto de vista médico, pelo contrário, sendo até prejudicial à saúde. Será que o problema é o não ejacular ou o não ter orgasmos, já que os estudos foram conduzidos sem esse paradigma, uma vez que é consenso no Ocidente e no mundo moderno em geral que orgasmo masculino é sinônimo de ejaculação?
Com o passar do tempo, pode ter acontecido que a cultura da retenção sexual tenha se tornado mero dogma religioso, sem qualquer função prática, levando posteriormente, inclusive, à instituição do celibato como maneira de “pureza sexual” dos praticantes, por isso é temerário, no atual estado de conhecimento sobre o tema, afirmar categoricamente que evitar a ejaculação consiste em ato saudável, pois se tem sérias indicações científicas que ocorre justamente o contrário, porém espera-se que algum pesquisador conduza estudos semelhantes com numeroso grupo de homens que tenham três ou mais orgasmos semanais (acima da média populacional) e que pratiquem a retenção da ejaculação para serem verificados os índices de câncer de próstata e de aparência pessoal nessas pessoas, pois só com tal estudo poder-se-á obter a resposta definitiva.
Em conclusão, do ponto de vista médico, quais são as certezas e quais são as dúvidas no atual estado de pesquisa?
a) Fazer sexo é melhor do que não fazer. Pessoas celibatárias e que praticam a abstinência sexual têm pior saúde do que as demais;
b) masturbar-se é melhor que abster-se de sexo, mas, contrario sensu:
c) assistir pornografia por longos períodos é prejudicial à saúde;
d) fazer sexo é mais saudável do que masturbar-se, pois a relação entre saúde e sexo não parece estar ligada a um simples componente mecânico do ato;
e) para as mulheres, é mais saudável fazer sexo sem camisinha, pois o esperma possui sustâncias químicas benéficas. Isso quer dizer, que, para evitar doenças, relacionamentos estáveis são desejáveis do ponto de vista clínico, em detrimento ao amor livre pregado na década de 60;
f) é desejável a prática de sexo em frequência maior que a média mundial atual, que é algo como duas vezes por semana, homens e mulheres que fazem sexo acima da média parecem aproximadamente oito a dez anos mais jovens;
g) para o homem, é necessário atingir o orgasmo para os benefícios à saúde advindos da atividade sexual. Existem indícios científicos que o orgasmo deve ser acompanhado de ejaculação, pelo menos em algumas vezes, pois isso reduz o risco de câncer de próstata;
h) não existe estudo conclusivo que aponte que a obtenção de orgasmos sem ejaculação não produza benefícios para outros animais que nematoides. Ainda não se sabe se a saúde obtida pelo sexo provém do orgasmo ou da ejaculação, de maneira que a retenção da ejaculação, pregada pelas técnicas sexuais antigas, no momento que essas linhas são escritas, ainda gozam de dúvida.

Tudo indica que os chineses estavam certos e uma vida mais longa pode ser obtida por aqueles homens que têm orgasmos com grande frequência, mas não ejaculam, porém isso ainda não é possível de ser afirmado categoricamente. Tendo em vista que o controle da ejaculação é assunto controverso, precisa-se um futuro olhar mais detalhado sobre a espécie humana, para obter a sua compreensão.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Um tema para reflexão:



POR QUE MANTER RELAÇÕES SEXUAIS? - 1ª Parte

Campo de Estudo: Propedêutica

Além do prazer e da reprodução humana, elementos óbvios que nem são necessários de serem citados, existe uma série de vantagens no ato sexual.
O ato sexual torna indivíduos mais inteligentes, porque estimula a neurogênese (desenvolvimento de neurônios), foi o que disse uma pesquisa de Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, pesquisadores da Universidade de Kontuk, na Coréia do Sul descobriram que o sexo reage aos efeitos negativos do estresse no desenvolvimento celular. No momento que este texto foi produzido, o fenômeno relatado se referia apenas para ratos, porém é provável que se repita em seres humanos também.
Interessante observar que, ao contrário, neurocientistas da Universidade do Texas afirmam que olhar pornografia provoca danos cerebrais, prejudicando a memória, de maneira que parece ser o ato sexual em si, e não a excitação sexual ou o orgasmo, o fator que provoca os benefícios ao organismo.
“Shiva sem Shakti é shava”. O trocadilho do sânscrito tinha o sentido de afirmar que o homem (através da figura do deus Shiva) sem esposa (representada pela deusa Shakti) é um cadáver (shava), sendo interessante observar que a ciência moderna parece concordar com o pensamento dos antigos, a excitação sexual e o orgasmo possuem função menor que o encontro sexual entre homem e mulher.
Talvez relacionado com esse particular, um argumento também utilizado pelos antigos é de que a retenção da ejaculação produziria maior longevidade e saúde sexual em idade mais avançada para o homem.
Por mais que o autor tenha procurado, não foi encontrada evidência científica na espécie humana que confirme essa afirmação, que parece estranha à natureza, uma vez que os seres vivos têm por principal característica a reprodução, e impedir essa função talvez não esteja na programação de nosso organismo como algo saudável.
Muito pelo contrário, estudo conduzido pelo doutor em medicina Michael F. Leitzmann, do National Cancer Institute, Bethesda, e sua equipe investigou a associação entre frequência de ejaculação e câncer de próstata, em estudo que envolveu quase 30.000 homens com idades entre 46 e 81 anos, no período de 8 anos, constatou que homens que ejaculam com maior frequência têm menor risco de câncer de próstata.
Contrário ainda à afirmação que propõe a não ejaculação, o nível de atividade sexual parece ter influência direta no rejuvenescimento. O Doutor David Weeks, ex-chefe de psicologia da terceira idade do Royal Edinburgh Hospital, no Reino Unido, em pesquisa da Universidade de Bristol, com duração de 20 anos e mais de 3000 homens pesquisados , concluiu que casais que fazem sexo três vezes ou mais por semana parecem ter até 10 anos a menos do que a média das pessoas, que costumam fazer apenas até duas vezes por semana, sendo este comportamento um aspecto três vezes mais importante do que fatores genéticos. O orgasmo completo para o homem, portanto agiria da mesma forma que o orgasmo para a mulher, trazendo características físicas de pessoas mais jovens, aos praticantes.


Acrescentando argumento a esta contestação, pesquisa da State University de Nova York apontou que mulheres que praticam sexo sem preservativo são menos tristes e que o sêmen possui três substâncias antidepressivas. 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

A FALÁCIA DA UNIÃO GAY

Campo de Estudo: Gênero

Um argumento comum contra os detratores da união homossexual é que ela só diz respeito aos gays e lésbicas, não devendo os heterossexuais opinar, se não quiserem ser acusados de homofóbicos ou fanáticos religiosos. Para não sermos grosseiros e afirmarmos que este é um argumento mentiroso e canalha, sejamos mais melosos: é uma falácia.
Imaginemos dois amigos de infância que há muito não se viam, nomes fictícios, Anacleto e Bernardo. Bernardo é solitário. Anacleto acabara de se separar da esposa e estava falido, sem lugar para morar. Bernardo, rico e morando em uma bela casa convida o antigo amigão para usar o quarto desocupado que ele tinha.
Nenhum dos dois é gay, mas Bernardo não sabia que Anacleto havia se tornado um grande pilantra. Um ano depois, descobre que Anacleto havia juntado recibos, fotos juntos e outras provas de uma vida em comum e ingressado com uma ação de reconhecimento de união estável, requerendo pensão alimentícia do agora ex-amigo.
Eu sei. O leitor sabe. Deus, na sua infinita sabedoria, se existir, sabe que se trata de um golpe. A torcida do Coríntians sabe. Mas será que o juiz que julgará a causa, que é quem no fim das contas interessa, tem algum meio de saber?
Dá para perceber o tamanho do problema? Mesmo que porventura ganhe a causa, Bernardo terá gasto muito com advogados, se incomodado e tido a sua reputação abalada por um processo como este causado pela sua bondade e desprendimento. A parte de boa fé é tremendamente lesada seja qual for o resultado do julgado.
O problema não é o casamento homossexual, mas a Lei do Concubinato, que não é apenas lesiva à sociedade como um todo, impessoalmente, como expliquei no texto de ontem, mas é perniciosa quanto aos indivíduos também.
Casamento gay? Discutirei mais tarde. Porém, união estável entre pessoas do mesmo sexo é algo totalmente inadmissível simplesmente porque existe um fato anterior que desmerece a defesa de tal ideia.
Isso acontece também entre homem e mulher. Qualquer união estável é perniciosa para a sociedade. Alguém tem dúvida que tal golpe aconteça todos os dias com rapazes incautos que levam a namoradinha para casa nos fins de semana?
Até a expressão existente nos anos 80, “amizade colorida”, deixou de ser usada, já que, ao invés de aprimorar as relações humanas, a Lei de 1996 criou uma divisão entre os indivíduos com patrimônio, que passaram a usar as pessoas como objetos sexuais, sem aprofundarem relações, já que estas podem custar muito caro.

Portanto, que não se chame de homofóbico aquele que for contra a união estável homossexual, pois este não é um argumento válido. Casamento é e sempre será um ato de vontade.

sábado, 18 de abril de 2015

SERIAM AS FEMINISTAS IGUALITÁRIAS?

Campo de Estudo: Gênero

Falo feministas no strictu sensu, aquelas que queimam sutiãs e bradam lugares comuns de Simone de Beauvoir. Aquelas que não entendem e culpam os homens pelo motivo pelo qual, mesmo depois de 55 anos de invenção da pílula anticoncepcional, ainda persistem as diferenças.
Dois terços dos miseráveis do mundo são mulheres. 99% dos ativos são masculinos, mulheres praticamente não são donas da produção da riqueza universal. Mesmo nos países mais desenvolvidos o teto de 20% de diferença das médias salariais entre homens e mulheres não conseguiu ser rompida, pelo contrário, em países mais industrializados, como Alemanha e Estados Unidos, as diferenças são ainda maiores que em Portugal ou na Polônia. Dois terços das mulheres estarão abandonadas aos 65 anos, enquanto apenas um quarto dos homens estarão nesta situação...
Por que o feminismo não trouxe o resultado proposto?
A resposta é simples, isonomia gera diferenças, ao contrário que elas aprenderam na faculdade de Humanas.
Imaginemos um exemplo cotidiano, o preceito constitucional brasileiro de impedir a demissão arbitrária. Todos os empregados pagam FGTS, de acordo com a faixa salarial específica. Isto se chama isonomia, ou igualdade formal. No entanto, o menor aprendiz, paga apenas 2% do salário para este fim. Para cumprir o preceito fundamental e, ao mesmo tempo, dar empregabilidade a esta categoria específica, cria-se uma diferença dentro do mesmo paradigma. Isto se chama igualdade material, ou igualdade aristotélica, já que Aristóteles foi o primeiro a preconizar a necessidade de tratar os desiguais na medida da sua desigualdade.
O que as feministas não compreendem é que existem paradigmas diferentes em que não podem ser aplicadas nem a isonomia e nem a igualdade aristotélica. Seguindo no exemplo, é o caso do servidor público que possui estabilidade para impedir desmandos dos superiores hierárquicos. Assim, ao invés do FGTS, estes possuem direito a um processo administrativo para dificultar a demissão arbitrária.
A esta diferença aplicada para chegar no conceito de igualdade, chamei de igualdade finalística ou teleológica (ou “igualdade bonowística”, se preferirem, risos!).  Ainda que seja aplicada uma diferença, a finalidade igualitária é a mesma.
Por isso é que o feminismo convencional, esquerdinha, não dá certo! Não adianta aplicar o conceito de luta de classes e de isonomia, pois eles só levam a diferenças ainda mais acentuadas.

Tópico Relacionado: O PI DO SEXO

GIRGIS ET ALII E A LEI DO CONCUBINATO

Campo de Estudo: Gênero

Na obra magistral a respeito do casamento, “What is marriage”, Sherif Girgis e demais coautores contam uma história, a qual adapto.
Imaginemos que Oscar e Alfredo morem juntos. Alfredo cultiva seus gerânios na janela e Oscar gosta de andar de patins. Ambos têm grande carinho um pelo outro e são profundos confidentes. Oscar gosta de cozinhar e de vez em quando convida os familiares de Alfredo para jantarem em casa. Ambos têm testamentos um para o outro e numerosas fotografias em várias viagens que fizeram juntos pelo mundo. Dividem as despesas. Quando Alfredo foi hospitalizado, foi Oscar quem passou as noites dormindo no hospital. Quando faleceu a mãe de Oscar, foi Alfredo quem correu atrás dos trâmites do funeral.
Alfredo veio a falecer. Oscar ingressou com um pedido junto à Previdência Social para receber a gorda pensão do companheiro de tantos anos.
Ele tem direito? Ora, a lei do concubinato, de 1996, diz que sim, principalmente depois de 2011, quando o Supremo Tribunal Federal decidiu pela união estável entre pessoas do mesmo sexo e de 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça decretou que eles até poderiam ter transformado isso em casamento.
Portanto eu e você, leitor, com nosso suado trabalho vamos pagar a pensão do viúvo.
Ah, eu não disse que eles NÃO eram homossexuais? Pelo contrário, além de tremendos putanheiros, Oscar já tinha sido condenado à prisão por golpe contra a Previdência. Velhos amigos de farras e de golpes!
A coisa muda de figura? Eu e você, agora que sabemos disso, estamos agora nos sentindo otários por pagar dos nossos bolsos por uma pensão totalmente injusta? Para quem não gostar, o nosso país tem duas saídas, os aeroportos de Guarulhos e do Galeão...
Por isso, em todas as épocas, em todas as culturas, como fenômeno universal, as civilizações avançadas institucionalizaram o casamento, pois de outra maneira não existe segurança jurídica o suficiente para afirmar se dois indivíduos possuem ou não vínculo afetivo e sexual.
Ou você achava que para se casar bastava ter carinho e dar a b...?

Agora, prezado leitor, você ainda acha justa a jabuticaba jurídica chamada Lei do Concubinato? Não está levemente inclinado a pensar que somos uma sociedade de imbecis por aceitarmos tão passivamente esta lei?

Tópico Relacionado: A FALÁCIA DA UNIÃO GAY

A CIÊNCIA DO SEXO

Prefácio

Sexo não é um ramo do direito. Sexo não é um ramo da medicina. E nem da sociologia, da antropologia ou da psicologia. Sexo é uma ciência própria, com a sua episteme correspondente, ainda que converse com todas as demais.
A palavra deriva do latim “sectus” e significa separação. Portanto, o primeiro conceito da ciência do sexo diz respeito a uma ideia de gênero. As relações entre homem e mulher e as relações de casamento fazem parte deste ramo do estudo.
O segundo conceito, certamente posterior em termos etimológicos, fala do ato. Sexo é também a ação de prazer, em princípio com vistas à reprodução humana.
O estudo do ato sexual subdivide-se ainda em dois grandes campos de estudo: os encontros sexuais e o orgasmo, o primeiro trata dos relacionamentos humanos e o segundo dos processos internos ao indivíduo.
Como toda a ciência, diversos conceitos prévios devem ser estabelecidos, de maneira que o conteúdo deste estudo envolve ainda uma propedêutica que lhe é peculiar.
Uma vez delimitado o campo de trabalho, pode-se afirmar também que o estudo do sexo possui ainda uma lógica própria, que envolve o comportamento natural e arquétipos derivados dessas atitudes. Ao contrário dos pensadores de esquerda, demonstrar-se-á que o sexo não é mero resultado de uma construção social, de “l’ensemble de la civilisation”, utilizando-se as palavras de Simone de Beauvoir. Pelo contrário, é uma ciência que está muito mais para empírica do que para humana, com comportamentos padrão revividos em todos os povos, em todas as épocas e em todas as culturas.
Esta inexorabilidade, esta quase matemática, do comportamento sexual humano será mais bem explicitada na sequência das publicações deste blog.
Por fim, tal ciência possui ainda uma sequência de princípios orientadores.
Dessa maneira, o sexo como gênero, como encontro, como orgasmo, como princípios e como arquétipo é o assunto deste blog.
       Os assuntos tratados neste blog, portanto, podem ser mais bem compreendidos pela análise do seguinte esquema:




Agradeço a todos os leitores pela presença e desejo boas leituras.

         Luiz de Wetterlé Bonow
Abril de 2015.