“Tudo nesse mundo é sobre sexo, exceto sexo. Sexo é sobre poder.”

(Oscar Wilde)

sábado, 18 de abril de 2015

SERIAM AS FEMINISTAS IGUALITÁRIAS?

Campo de Estudo: Gênero

Falo feministas no strictu sensu, aquelas que queimam sutiãs e bradam lugares comuns de Simone de Beauvoir. Aquelas que não entendem e culpam os homens pelo motivo pelo qual, mesmo depois de 55 anos de invenção da pílula anticoncepcional, ainda persistem as diferenças.
Dois terços dos miseráveis do mundo são mulheres. 99% dos ativos são masculinos, mulheres praticamente não são donas da produção da riqueza universal. Mesmo nos países mais desenvolvidos o teto de 20% de diferença das médias salariais entre homens e mulheres não conseguiu ser rompida, pelo contrário, em países mais industrializados, como Alemanha e Estados Unidos, as diferenças são ainda maiores que em Portugal ou na Polônia. Dois terços das mulheres estarão abandonadas aos 65 anos, enquanto apenas um quarto dos homens estarão nesta situação...
Por que o feminismo não trouxe o resultado proposto?
A resposta é simples, isonomia gera diferenças, ao contrário que elas aprenderam na faculdade de Humanas.
Imaginemos um exemplo cotidiano, o preceito constitucional brasileiro de impedir a demissão arbitrária. Todos os empregados pagam FGTS, de acordo com a faixa salarial específica. Isto se chama isonomia, ou igualdade formal. No entanto, o menor aprendiz, paga apenas 2% do salário para este fim. Para cumprir o preceito fundamental e, ao mesmo tempo, dar empregabilidade a esta categoria específica, cria-se uma diferença dentro do mesmo paradigma. Isto se chama igualdade material, ou igualdade aristotélica, já que Aristóteles foi o primeiro a preconizar a necessidade de tratar os desiguais na medida da sua desigualdade.
O que as feministas não compreendem é que existem paradigmas diferentes em que não podem ser aplicadas nem a isonomia e nem a igualdade aristotélica. Seguindo no exemplo, é o caso do servidor público que possui estabilidade para impedir desmandos dos superiores hierárquicos. Assim, ao invés do FGTS, estes possuem direito a um processo administrativo para dificultar a demissão arbitrária.
A esta diferença aplicada para chegar no conceito de igualdade, chamei de igualdade finalística ou teleológica (ou “igualdade bonowística”, se preferirem, risos!).  Ainda que seja aplicada uma diferença, a finalidade igualitária é a mesma.
Por isso é que o feminismo convencional, esquerdinha, não dá certo! Não adianta aplicar o conceito de luta de classes e de isonomia, pois eles só levam a diferenças ainda mais acentuadas.

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