Campo
de Estudo: Gênero
Falo
feministas no strictu sensu, aquelas que queimam sutiãs e bradam lugares comuns
de Simone de Beauvoir. Aquelas que não entendem e culpam os homens pelo motivo pelo
qual, mesmo depois de 55 anos de invenção da pílula anticoncepcional, ainda
persistem as diferenças.
Dois
terços dos miseráveis do mundo são mulheres. 99% dos ativos são masculinos,
mulheres praticamente não são donas da produção da riqueza universal. Mesmo nos
países mais desenvolvidos o teto de 20% de diferença das médias salariais entre
homens e mulheres não conseguiu ser rompida, pelo contrário, em países mais
industrializados, como Alemanha e Estados Unidos, as diferenças são ainda
maiores que em Portugal ou na Polônia. Dois terços das mulheres estarão
abandonadas aos 65 anos, enquanto apenas um quarto dos homens estarão nesta
situação...
Por
que o feminismo não trouxe o resultado proposto?
A
resposta é simples, isonomia gera diferenças, ao contrário que elas aprenderam
na faculdade de Humanas.
Imaginemos
um exemplo cotidiano, o preceito constitucional brasileiro de impedir a
demissão arbitrária. Todos os empregados pagam FGTS, de acordo com a faixa
salarial específica. Isto se chama isonomia, ou igualdade formal. No
entanto, o menor aprendiz, paga apenas 2% do salário para este fim. Para
cumprir o preceito fundamental e, ao mesmo tempo, dar empregabilidade a esta
categoria específica, cria-se uma diferença dentro do mesmo paradigma. Isto se
chama igualdade material, ou igualdade aristotélica, já que Aristóteles
foi o primeiro a preconizar a necessidade de tratar os desiguais na medida da
sua desigualdade.
O
que as feministas não compreendem é que existem paradigmas diferentes em que
não podem ser aplicadas nem a isonomia e nem a igualdade aristotélica. Seguindo
no exemplo, é o caso do servidor público que possui estabilidade para impedir
desmandos dos superiores hierárquicos. Assim, ao invés do FGTS, estes possuem
direito a um processo administrativo para dificultar a demissão arbitrária.
A
esta diferença aplicada para chegar no conceito de igualdade, chamei de igualdade
finalística ou teleológica (ou “igualdade bonowística”, se preferirem,
risos!). Ainda que seja aplicada uma
diferença, a finalidade igualitária é a mesma.
Por
isso é que o feminismo convencional, esquerdinha, não dá certo! Não adianta
aplicar o conceito de luta de classes e de isonomia, pois eles só levam a diferenças
ainda mais acentuadas.
Tópico Relacionado: O PI DO SEXO
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