Campo de Estudo: Encontros
Eu nunca
gostei da palavra “preliminares”, ou “foreplay” para os anglófonos, pois sempre
penso que o sujeito que a criou é ruim de cama.
Ora, o ato
sexual não é setorizado, não se divide em preliminares, intercurso e dormir
depois de fumar um cigarro. Isso será, parafraseando Manuel Bandeira, “contabilidade
tabela de cossenos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as
diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.“.
Prefiro o
popular mesmo, “arreto”, ou uma expressão que tem mais de 1500 anos “prazeres
externos”, pois o movimento de tocar deve existir antes, durante e depois do
ato e não em apenas um momento. Sexo é um “continuum” de tempo e não algo que
se possa colocar em diferentes gavetas.
Em texto anterior deste blog, já falei sobre a Arte de Morder, que é
apenas uma das múltiplas maneiras de tocar uma mulher, mas os homens devem ter
sempre em mente uma coisa que, por mais que os modernos pós revolução francesa
não admitam, existem diferenças fundamentais entre os sexos. E, na arte dos lençóis,
deve-se ter sempre em mente um dado da biologia que é a presença muito maior do
hormônio ocitocina no corpo feminino. A ocitocina, o popular “hormônio do amor”,
torna as mulheres mais afetivas e uma das principais maneiras para que isso
ocorra é através do toque, que faz com que determinadas regiões da pele fiquem
impregnadas, tornando-as sensíveis ao excitamento. Entre parênteses: o olhar e o
tom da voz também provocam descarga de ocitocina.
Além das
regiões sexuais, o interior das coxas, a parte de trás do pescoço, nuca e, uma
região muitas vezes desprezada, o interior dos antebraços, são locais onde
ocorre maior sensibilidade ao contato.
Portanto, amigo
homem, não venha com aquele papo de incompatibilidade e incompreensão da sua
mulher amada, sem antes responder se você a acaricia o tempo todo.
Luiz Bonow, 2015
Ao mau amante, até as Bolas atrapalham !
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