“Tudo nesse mundo é sobre sexo, exceto sexo. Sexo é sobre poder.”

(Oscar Wilde)

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O AMOR É MESMO LIVRE?


Em março de 2014 a Google patenteou a primeira lente de contato inteligente do mundo que é uma espécie de controle remoto para o Google Glass e tecnologias embarcadas em veículos.
A tecnologia avança muito rapidamente. No momento que essas linhas são escritas parece ser apenas questão de tempo para que câmeras diminutas possam ser instaladas nos olhos do usuário ou em drones do tamanho de mosquitos, o que terá um impacto brutal na privacidade.
Quando isso acontecer, e isso provavelmente acontecerá muito em breve, será que as pessoas irão querer fazer sexo com estranhos, de maneira que aquilo que atualmente se restringe a quatro paredes possa ser exposto imediatamente na Rede Mundial de Computadores para amigos e familiares assistirem em suas casas?
Já que não se terá muita privacidade no futuro, não se sabe se essas tecnologias desencadearão uma nova moral, como a do filósofo mendigo Diógenes de Sinope, na Antiga Grécia, que não via mal em masturbar-se em público, mas em princípio tudo indica que ao invés de uma nova moral é mais provável que poderá renascer um novo moralismo nos moldes vitorianos e as pessoas simplesmente voltarão a evitar sexo com estranhos, já que a confiança mútua necessária deverá ser muito maior do que é atualmente. Não é muito difícil que a sociedade global volte a ser como uma pequena cidade provinciana, com todos interferindo e olhando atentamente para a vida de todos.
O avanço da tecnologia apenas tornará o que já existe mais flagrante. A discrição que hoje é apenas exigida de artistas famosos e figuras públicas, deverá ser estendida a todos, pois assim como uma artista famosa perde contratos de publicidade ou uma candidata a cargo político perde votos, se expostas em suas privacidades, em breve todos arriscarão a perder amigos, famílias, pretendentes matrimoniais, empregos e carreiras acadêmicas se expuserem a sua vida privada. E está cada dia que passa mais difícil de evitar isso, à medida que a Aldeia Global prevista por McLuhan acontece e nos retribaliza.
No entanto, esse processo não está iniciando só agora, mas vem desde 1960, quando foi inventada a pílula anticoncepcional. A tecnologia só está tornando mais flagrante a outra face da última Revolução Sexual.
Até o presente momento, a maior hierarquia econômica obtida, para as mulheres inescrupulosas, compensava enormemente o risco de ter a sua privacidade exposta, o que, além de muito raro, é pouco importante com a moral atual, afinal, para a maior parte dos mortais, quem se importa com boatos de quem se deita com quem? Será que a Lei do Divórcio, de 1977, não se insere nesse aspecto? Será que para os indivíduos de classes sociais mais abastadas não passou a valer a pena abandonar o marido ou a esposa e casar-se com alguém que o promova social e economicamente?  O “teste do sofá”, dormir com o chefe ou com o superior hierárquico poderia, e de fato traz melhores cargos e salários, melhores papéis na TV e melhores contatos sociais, de maneira que se pode observar, pela primeira vez na história o crescimento dos súcubos: o movimento gay ganhou importância política, muitas mulheres se tornaram poderosas e prostitutas escrevem livros de sucesso e são convidadas a participarem de talk shows. Comportamentos que antes eram condenados, hoje são incentivados, pois têm influência direta no sucesso econômico de muitos indivíduos, sendo o mérito, os contatos pessoais e profissionais muitas vezes bem menos importantes do que o “networking do motel”. Isso está mudando e muito provavelmente vai mudar muito mais.
Buscando-se a mesma atitude para os comuns, aqueles de classes e castas sociais menos favorecidas será que foram beneficiados? Será que é interessante para a mulher comum, a pobre ou a de classe média, trocar de marido à medida que envelhece até chegar no ponto que os anos e a aparência não mais a favoreçam, sem nada que a beneficie, além da solidão e da pobreza, dividindo nada por coisa alguma a cada separação? Será que a Lei do Divórcio é justa ou apenas beneficia um pequeno grupo de pessoas de mau caráter?

A mulher pobre e que age corretamente é a principal prejudicada com a Revolução Sexual e com a relativização dos costumes. O amor livre, portanto, não é de forma alguma livre, pois traz consequências sociais significativas que beneficiam a astúcia e prejudicam a boa-fé.  

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

MAIS MULHERES SÃO ATRAÍDAS POR OUTRAS MULHERES QUE HOMENS POR OUTROS HOMENS


A pesquisa anterior da Boise State University já havia apontado neste sentido, a de que é mais provável que uma mulher seja mais flexível com sua opção sexual que  um homem.
Agora a nova pesquisa a respeito do fato das mulheres serem “heteroflexíveis” (gostei do neologismo!) dá uma explicação heterodoxa para o fato: a de que viúvas e abandonadas estariam mais protegidas socialmente se tivessem ligações com outras mulheres.
Quando será que os cientistas vão perceber o óbvio, a de que o ser humano é polígino, como acontece nas sociedades tradicionais, e que a monogamia só teve uma função histórica, a de acúmulo de capital na mão de poucas famílias. Sem monogamia não teríamos as grandes navegações, os bancos, as companhias de colonização, a ciência promovida pelas grandes empresas ou todas as benesses do comércio e do capitalismo, mas teríamos também menor desigualdade social.

Essa é a discussão, qual é a opção social que deve ser tomada, que ao mesmo tempo vai contra o moralismo dos conservadores e o igualitarismo estúpido das esquerdas. É por isso que nenhum pesquisador sério fala o óbvio.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

SEXO NÃO É DESEJO!


Alguns incautos da direita começaram a repetir os mesmo erros das esquerdas burras.
Ontem mesmo, Reinaldo Azevedo criticava a bobagem proferida pelo cartunista Laerte, em desejar usar o banheiro feminino pelo fato de ser transgênero.  Com muita pertinência, foi argumentado pelo comentarista que não basta querer algo para que esta coisa se transforme automaticamente em direito, pois esse é um pensamento absolutamente tosco.
Antes todos pensassem assim.
O Deputado Diego Garcia, no entanto, denunciou a manipulação da enquete eletrônica que define família como constituída de um homem e de uma mulher. A denúncia faz sentido, mas o que está mais errado, já em princípio, é a existência de uma enquete para estabelecer tal fato. Ora, aquelas para a abolição total dos impostos ou para estabelecer a pena de morte seriam também, certamente, majoritárias, mas isso não quer dizer que elas tenham alguma função prática, senão aquela demagógica e populista.  
Se a vontade unilateral determinasse o casamento, não existiria nenhum motivo para impedir o campônio de casar-se com a sua ovelha, portanto, não é porque a maior parte das pessoas estabelece um casamento convencional que este deve ser a única maneira aceitável.
Todas as sociedades, em todos os tempos, estabeleceram alguma forma de casamento porque ele cumpre uma função, e é esta funcionalidade que deve ser discutida. Conforme já foi falado nesta postagem anterior, o casamento convencional tem uma série de vantagens, mas o casamento poligâmico evita a solidão de grande parte da população feminina na velhice e reduz o desequilíbrio econômico entre homens e mulheres. O casamento homossexual teria função apenas em sociedades poligâmicas, de maneira a não destituir famílias já constituídas.
A sexualidade e o casamento, portanto, não partem de mera discussão de desejos, mas muito mais profundamente, de uma consistente razão de Estado, e são essas funções que devem ser conhecidas e discutidas.


Luiz Bonow, 2015

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Sobre a isonomia do ciúme.


Uma pergunta recorrente dos amigos com os quais o autor comenta sobre as questões de poligamia aqui estudadas dizem respeito aos ciúmes femininos. Como uma mulher poderia suportar a presença de outra como algo natural? Assim como o homem sente ciúmes da mulher, por fundamentos biológicos já bem estudados, quase lugar-comum, que é o de não criar descendentes de outros, não haveria um fundamento biológico no sexo feminino também, o de manter o provedor e protetor próximo para que os filhos, em ambiente natural primitivo, tivessem maiores chances de sobrevivência? Seriam os ciúmes um sentimento isonômico que se dá da mesma maneira em homens e mulheres?
Qualquer proprietário de um cão sabe que existe ciúme dentre os animais. Assim que chega um novo cachorrinho ou um bebê na casa, o antigo “reizinho” se manifesta contrário à invasão, mas não é disso que se fala aqui, mas sim do ciúmes de origem sexual.
Entre os machos das diversas espécies é bem conhecido a imposição de territorialidade: carneiros se cabeceiam, elefantes marinhos se trucidam, macacos se espancam e galos se depenam pelo privilégio das fêmeas. Nada novo.
Porém, no reino animal, raramente se veem fêmeas brigando pelo privilégio do macho dominante. Talvez até aconteça e este comportamento foi verificado no zoológico de El Paso, no Texas, quando uma tigresa atacou e matou o tigre macho[1] que estava em um “triângulo amoroso” com outra tigresa na jaula, mas não é um comportamento comum e não se tem como saber se foi realmente um acesso de ciúme da fêmea. Se existe ciúme das fêmeas no reino animal, a ciência ainda não tem certeza.
Assim, diferente das demais espécies animais, qual é a razão biológica por que o ser humano desenvolveu o ciúme feminino?
Quando se fala de seres humanos alguns fatos devem ser levados em consideração ao estudar-se o fenômeno.
O primeiro deles é que o ciúme se dá normalmente em relação da esposa oficial à amante e não o contrário. Aquela que sabe que o homem é casado normalmente se mantém no seu silêncio e discrição. Ainda que possa existir a interiorização do sentimento, é comum que a esposa só descubra da sua existência quando aparecem filhos crescidos ou quando a concubina aparece chorando no velório.  A sociedade, aliás, vê a outra como uma espécie de usurpadora, de destruidora de lares, de pessoa indigna e maquiavélica, e não na real dimensão humana, de uma pessoa que ama e que busca a felicidade.
Maior é o tamanho deste preconceito quando se compreende o “princípio da tampa da panela”, que preconiza que não há um único homem para uma única mulher, mas, dependendo da faixa etária, tem-se aproximadamente quatro mulheres para cada homem na nossa sociedade, de maneira que existe um grande contingente de amantes e um enorme número de famílias poligâmicas não oficializadas.
A primeira constatação, portanto, é a de que o ciúme é um sentimento proprietário, e não feminino, pois nem todas as mulheres envolvidas em uma relação amorosa o demonstram, mas normalmente ocorre na Primeira.
Um filme brilhante a esse respeito é o Lanternas Vermelhas[2], em que a primeira esposa de um rico comerciante da China do início do século XX planeja a derrocada da quarta esposa, bem mais jovem. As “irmandades”, as “sister-wives”, como têm sido chamadas as esposas de casamentos poligâmicos nos Estados Unidos, parecem obedecer a uma hierarquia, em que a primeira, normalmente a mais velha, parece ser a dirigente do lar.
O sentimento de ciúme que a esposa “oficial” ou a “primeira” esposa sente, parece se manifestar tanto em sociedades monogâmicas, como poligâmicas.
Nas sociedades poligâmicas, no entanto, outro fenômeno se manifesta que é a ausência de ciúme quando já existe uma relação afetiva entre as pretendentes. É comum a primeira esposa intimar o marido dos motivos pelos quais ele não desposa a sua irmã ou amiga próxima que enfrenta necessidades financeiras[3]. A poligamia é vista pelas próprias mulheres envolvidas como um comportamento, não só natural, mas também desejável para um melhor equilíbrio social.
É, portanto, válido se pensar que o ciúme não e um sentimento isonômico, que se manifesta da mesma maneira para o homem e para a mulher e nem da mesma maneira entre a mulher “proprietária” e a mulher “intrusa”.
Tudo indica que os ciúmes femininos são sentimentos proprietários, apreendidos culturalmente, e não um imperativo biológico universal. Este é o motivo porque a palavra “corno” não tem feminino.



[2] Disponível em: http://www.imdb.com/title/tt0101640/?ref_=fn_al_tt_1. Acesso 02 Set 2014.
[3] Apenas um exemplo, dentre muitos que ocorrem em países poligâmicos, em que a esposa obriga o esposo a se casar com outra, Disponível em: http://chatosechatolin.blogspot.com.br/2013/04/professora-obriga-noivo-se-casar-com.html. Acesso 02 set 2014.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

A sociedade secular está fadada ao fracasso?

Em alguns artigos que fizeram sucesso na internet, chamados “Quem herdará a terra?” e “Sociologia do Ateísmo”, publicados no jornal Folha de São Paulo[1], Luiz Felipe Pondé levanta dados interessantes sobre o decaimento da cultura ocidental secular devido à grande diferença de taxas de fertilidade entre os grupos religiosos fundamentalistas e os seculares. Os seculares ainda dominam, segundo o autor a maior parte das “instâncias de razão pública”: universidades, mídia, tribunais e escolas, mas é questão de tempo para que essas instituições venham a ser tomadas pelo mero discurso religioso, não científico, tendo em vista a grande pressão populacional.
O argumento numérico é pertinente, de fato, mas não parece ser o único a ser considerado. Se assim fosse, não existiria produção de riqueza no mundo e nem civilização, já que os mais pobres, sempre numericamente superiores, avançariam sobre os bens e propriedades dos mais ricos e os mais ignorantes, também sempre numericamente superiores, contestariam os avanços culturais revolucionários dos mais instruídos e de ideias mais arrojadas, de maneira que jamais existiria progresso econômico ou intelectual, mas se sabe que isso não acontece, o domínio está entre os que detém o conhecimento e a riqueza.
A leitura atenta dos estudos que têm sido postados neste blog acrescenta mais um elemento: em sociedades poligâmicas, os mais ricos e instruídos detentores do poder poderiam ter mais filhos, revertendo a questão populacional. Nesse aspecto, o conhecimento secular pode vir a ser dominante inclusive no aspecto numérico, dificultando assim a tomada da civilização ocidental pelas trevas do fanatismo e do fundamentalismo religioso.
A posição do autor, portanto, não é tão fatalista quanto a de Pondé, pois, para o pensamento ocidental que tanto se venera, ainda há esperança.

terça-feira, 14 de julho de 2015

SEXO ENTRE IRMÃOS


Uma novela recente da Rede Globo abordou a questão do incesto, repetindo, na cena apresentada no link acima, o discurso recorrente nas esquerdas que tal proibição é mero tabu. Este é o pensamento de Claude Lévi-Strauss, que afirmava que apenas regras sociais nos tornam diferentes dos outros animais nas questões de acasalamento, sem qualquer influência na biologia.
Será?
Pesquisas que se acentuaram após a década de 1990 inferem que os “laços de sangue” são muitas vezes laços de cheiros. Um troca intensa de químicos ocorre entre a mãe e o filho já nos primeiros instantes de vida, que os levam ao reconhecimento mútuo. Os feromônios, componentes químicos sexuais que apenas agora começam a ser estudados em seres humanos, não transmitem apenas disponibilidade e saúde sexual, mas ajudam a identificar genéticas mais adequadas à reprodução e em auxiliarem laços entre os grupos sociais.
Um ditado popular no Brasil diz “Case seu filho com a filha de seu vizinho.”. Os cientistas confirmaram esta máxima com a chamada “Lei da Propinquidade”, que ratifica o senso comum, afirmando que é estatisticamente é mais provável existirem relações amorosas com pessoas próximas, como colegas de faculdade ou de trabalho. No entanto, os feromônios explicam exceções a esta regra. 
Um exemplo pode ser encontrado nas observações de Lionel Tiger e Robin Fox, que estudaram um kibutz de orientação marxista em Israel em que as crianças eram separadas dos pais e criadas em coletividade, convivendo em um mesmo dormitório. Nessa pesquisa foi descoberto que nem um único casal crescido na coletividade, em um universo de 2769 casamentos, havia passado os cinco primeiros anos de vida juntos, o que sugere que os laços de proximidade na tenra infância praticamente impede a atratividade sexual. A vedação do incesto, portanto, não parece ser uma construção cultural, mas um imperativo natural.
Outro exemplo de exceção à lei da propinquidade foi encontrado em dois vilarejos do Paquistão, idênticos em praticamente tudo, inclusive no arranjo de casamentos durante a infância, menos em um costume: em uma das cidades a menina permanecia vivendo com os pais até o casamento, enquanto que na outra, ela ia viver com a família do futuro marido assim que o casamento fosse tratado. A maior parte daqueles que cresceram juntos relataram dificuldades sexuais entre si depois de adultos, enquanto que aqueles que cresceram separados tinham relacionamentos considerados normais.
E não é só nos seres humanos que isso ocorre, pois irmãos de uma mesma ninhada não costumam acasalar entre si.
Este parecem ser fortes argumentos para o predomínio do princípio da natureza, em detrimento da pressão social sobre o indivíduo. A existência de um direito natural daí advindo parece consequência lógica, mas, como já foi falado neste blog, os socialistas, como Lévi-Straus, detestam a ideia de um imperativo biológico.
Conclui-se, portanto, que o autor da cena de novela acima citada cometeu um erro crasso: o incesto não existe devido a condicionamentos sociais, mas ocorre assim porque a vida animal se arranja no planeta Terra dessa maneira, sem qualquer influência da sociedade.


Luiz Bonow, 2015

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Sinais que a Mulher Está Sem Sexo


A segunda metade do século XX foi dedicada à desconstrução das ideias do médico e criminalista milanês Lombroso, que propunha que o comportamento criminoso provinha de indícios físicos. O advento do nazismo e as nefastas aplicações dessas teorias tratou de enterrar de vez esses estudos.
Apenas no século XXI, reiniciam-se timidamente alguns estudos nesse campo, sendo que a sexualidade humana tem sido o laboratório cotidiano das pesquisas que relacionam atitudes e posturas corporais a comportamentos.   
É interessante ler esta reportagem do Blog Sede Insana, que indica sinais que a mulher está sem sexo.
O título original, "Como Saber se uma Garota te Deseja Sexualmente?", convenhamos, é extremamente infeliz, pois existem muitos fatores que levam uma mulher a se abster de sexo, pode-se apontar, dentre outros: problemas mentais, religiosidade exacerbada, pais rígidos, luto, fracassos pessoais, preconceitos sociais sobre o seu homossexualismo, doenças sexualmente transmissíveis, vergonha sobre o corpo, casamento infeliz, medos de toda espécie... enfim dizer que ela "te deseja sexualmente" é forçar um pouco a barra, mas de qualquer maneira o autor aponta cinco fatores para indicar que uma mulher está há tempos sem sexo:
- perguntar sobre o passado sexual do homem;
- parecer mais velha;
- ser pouco sociável;
- ser esquecida;
- ter baixa autoestima.
Para aqueles que procuram informação científica mais consistente, sabe-se que mulheres que caminham como se tivessem uma bola de tênis entre as coxas têm (bem) maior probabilidade de nunca terem atingido um orgasmo vaginal. Estudiosos da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica[1], conseguiram um índice de acerto de 81,25%, apenas analisando o caminhar das mulheres pesquisadas. Esta é uma maneira que um homem pode discernir uma mulher virgem ou de “baixa quilometragem” em um grupo, mas também pode significar frigidez ou outros problemas psicológicos.
Dessa maneira, tem-se alguns elementos para análise de comportamento, não absolutos, mas que são fortemente indiciais da sexualidade humana. 



[1] Disponível em: http://www.cracked.com/article_19194_6-intimate-details-you-can-tell-just-by-looking-at-someone.html. Acesso 01 Juk 2014.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

HOMENS, CASEM-SE!


Estudo inglês, publicado no mês passado, descobriu que o casamento é muito mais benéfico para a saúde dos homens que das mulheres.
Vejam a reportagem d'O GLOBO.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Gênero e Ato

Novo nome do blog, com a intenção de não mais decepcionar aqueles que chegavam por aqui procurando por pornografia.

DIA DE FESTA

Mate-se o leitão!
Não! Mate-se logo o boi,
E colha-se coentro nos campos para temperá-lo,
E flores miúdas para enfeitar as mesas,
E alfazema para perfumar a sala,
Tire-se a prataria dos armários e lustrem-se os cristais.
Aos criados, exija-se a alvura dos aventais.
Que em cada janela, acendam-se candeeiros,
Profane-se a capela com enfeites que assobiem ao vento,
E no gazebo, coloquem-se os balões com luzes.
Estique-se a corda para o funâmbulo,
Limpem-se as folhas do tablado dos saltimbancos,
Ajeitem-se as cadeiras para o madrigal,
Busquem-se os malabares,
Os foguetes,
Os apitos e as fitas coloridas.
Que não se silenciem os pífaros.
Alegria!

Pois se também me amas, hoje é festa.

Luiz Bonow, Curitiba, 2012

terça-feira, 7 de julho de 2015

SOBRE SONS E IMAGENS

Conforme já falei em postagem anterior, a “sabedoria” dos antigos deve ser vista com parcimônia, pois eles eram mais ignorantes que sábios. Agora, contrariemos essa ideia.
Ao nordeste de Paris existe um museu científico no Parque de La Villette, que possui um brinquedinho interessante: uma placa de metal sobre a qual se joga areia fina e, com o uso de um arco de violino, vibra-se o conjunto produzindo figuras.


Não é tão fácil como parece, como pode ser observado na foto que testemunha o fracasso do autor do blog em produzir tais imagens...
Bem, de qualquer maneira, os desenhos formados por essa técnica receberam o nome do primeiro pesquisador, que, por coincidência histórica, nasceu no mesmo ano de Mozart (1756) e faleceu no mesmo ano que Beethoven (1827), Figuras de Chladni.
Mais tarde, duas pesquisas independentes, uma na França e outra nos Estados Unidos, estudaram a integração entre diversas frequências, produzindo dinâmica a essas figuras, o que foi chamado de “Curvas de Bowditch” (EUA) ou “Figuras de Lissajous” (França).
No entanto, tais estudos só foram se constituir como ciência própria bem mais tarde, em 1967, quando o suíço Hans Jenny criou um aparelho que ele chamou de “tonoscópio”, que conseguia transformar a voz humana em figuras tridimensionais, desenvolvendo um conjunto de conhecimentos que ele chamou de “cimática”, do grego “kyma”, que significa onda.
O que tem de estranho nesse estudo? É que Jenny descobriu que, ao pronunciar vogais em sânscrito, a figura formada pelo som correspondia... a sua imagem escrita!
Ops!
Por que algumas línguas antigas, como o chinês clássico, o sânscrito e o hebraico eram consideradas “sagradas”? Como podiam os antigos possuírem esse conhecimento sem possuírem um tonoscópio, desenvolvido apenas com tecnologia moderna?
Para colocar mais complexidade ainda no assunto, os pesquisadores Stan Tenen e Daniel Winter observaram que as letras do idioma hebraico são projeções sobre a superfície de um tetraedro de uma figura contida no seu interior. Essa figura é a espiral de phi, obtida pela sequência de Fibonacci, isto é, um desenho tridimensional derivado do número áureo, que era bem conhecido dos antigos.
Mais estarrecedor ainda ainda: yogis relatam que quando meditam sobre a imagem dos chakras, conseguem enxergar letras, ou melhor a representação escrita de bija mantras (sons repetitivos), no idioma sânscrito, no seu interior!
Como tem sido visto neste blog, a sexualidade é a mãe de todo o misticismo e de toda a religião. Como pode a mente produzir imagens alucinatórias que correspondem a representação física, real, de algo que não se percebe facilmente pelos sentidos? Como podem os antigos terem criado linguagens com esses princípios?
Alguns dizem que é obra de Deus. Os descrentes, se um dia houverem estudos a respeito, devem afirmar que o som dos mantras produz alterações sensoriais nos fluidos do corpo, produzindo as formas correspondentes, que podem ser visualizadas. No entanto, até o presente momento, não existem explicações para o fenômeno, apenas mistério.


Luiz Bonow, 2015

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Americano Ingressa com Pedido para Ter Duas Esposas


Conforme já defendi neste blog, a tese do casamento homossexual só tem sentido dentro do paradigma da poligamia, uma vez que, se for defendida a ideia do eudemonismo, do prazer, da felicidade dos cônjuges, adentra-se em um campo perigoso, pois nada impede de um camponês casar-se com sua ovelha sob esse argumento.
Casamentos poligâmicos devem ser legalizados porque existem consistentes razões de Estado, que são a de reduzir o número de solteironas, distribuir renda entre homens e mulheres e reduzir a miséria, majoritariamente feminina.
Pois bem, depois da legalização do casamento gay nos Estados Unidos, um americano ingressou com um pedido na justiça daquele país alegando exatamente isso, o direito de casar-se com duas esposas. 
Um assunto sério sobre o qual merece ser refletido.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

terça-feira, 30 de junho de 2015

OS SEIS TIPOS DE RELAÇÕES HUMANAS


Em continuação ao estudo da hierarquia humana, que foi exposto nesta postagem que convém serlida para melhor compreensão, algumas conclusões lógicas decorrentes de ideia que existem pessoas em diferentes graus e como elas se conectam.
O ser humano relaciona-se entre si das seguintes formas:

1 Relações Aditivas Entre Iguais:

a) RELAÇÃO DE TRUSTE. É quando duas ou mais pessoas unem-se para multiplicar o capital arrecadado e dividi-lo entre os seus membros. É o fundamento da ideia de casamento, onde se pressupõe um enriquecimento do grupo e uma equalização social.

b) RELAÇÃO DE COOPERAÇÃO. É quando duas ou mais pessoas unem-se para somar conhecimentos ou capital, porém mantendo-se as individualidades, não formando uma instituição. Como exemplo, têm-se as relações de amizade, amantes sem vínculo econômico, grupos de pesquisa, etc. A relação cooperativa é uma relação de troca.

2 Relações Aditivas Entre Superior e Inferior:

a) RELAÇÃO TUTORIAL. Acontece quando alguém hierarquicamente superior une-se a outro inferior para conduzi-lo, sem que isso represente perda para o superior, pois este espera recuperar o investimento no futuro, ou simplesmente obter uma satisfação emocional.

b) RELAÇÃO DE CARIDADE. Quando o superior auxilia o inferior, mesmo com perdas previstas por parte do primeiro, sendo que estas perdas são de tal monta que não o desestruturam economicamente.

3 Relações Subtrativas:
Chamam-se assim porque aqui existe uma significativa perda de uma das partes. Estas relações sempre se dão de forma hierárquica.

a) RELAÇÃO DE DOMÍNIO. O superior espolia o inferior. São muitas das relações de trabalho, o estupro, a escravidão, etc.

b) RELAÇÃO DE VAMPIRISMO. Quando o inferior une-se ao superior para tirar proveito deste.

Considerando-se que quando se juntam duas pessoas naturais, estabelece-se uma das relações supracitadas, é necessário analisar sempre se é uma relação que traz ganhos (aditiva) ou perdas (subtrativa) para um dos lados, quem ganha e quem perde determina claramente quem é o inferior e quem é o superior hierárquico.
A medida desta relação é o volume hierárquico (ou de poder) de cada um dos envolvidos, ou seja, o produto de sua classe, sua casta cultural e sua hierarquia sexual.
Considerando-se ainda que na espécie humana o sexo é mercadoria de troca por provimento e segurança, representados por dinheiro e carinho, no casamento o eufemismo "afeto" representa a moeda sexual para comprar estes volumes.
Assim em uma relação homem-mulher, que é o objeto do presente trabalho, deve-se sempre analisar se existe algum íncubo ou súcubo e se a relação traz as maiores possibilidades de ganhos para os dois. Volta-se aqui à questão da igualha, que é uma relação de truste e o padrão de medida de um casamento bem sucedido, sendo que as demais relações humanas permeiam a ideia de casamento, porém devem ser evitadas.
Dessa forma, as mulheres classicamente dividem-se em três tipos de relação com os homens, as esposas, as amantes e as prostitutas[1].
Em via de regra, o casamento, ou a relação com a esposa é uma relação aditiva entre iguais, com a amante, normalmente é uma relação mais baixa porque normalmente não tem o mesmo nível de compensação social que a esposa o tem, tornando-se uma relação mais baixa, e com a prostituta pode vir a ser uma relação subtrativa, porque pode existir a exploração sexual por parte do homem ou a exploração econômica por parte da prostituta. Assim, quanto mais próximo em igualha for o casal, mais chances este terá de estabelecer uma relação aditiva, institucionalizada, e que trará mais benefícios a ambos.

Luiz Bonow, 2015



[1] Em um texto atribuído a Demóstenes tem-se clara esta relação: "As cortesãs, nós a temos para o prazer; as concubinas, para os cuidados de todo o dia; as esposas para ter uma descendência legítima e uma fiel guardiã do lar."

segunda-feira, 29 de junho de 2015

ESOTERISMO


Aquele que começa a estudar as coisas da alma depara-se com uma insanidade magistral. As expressões, as explicações e os conceitos são totalmente doidivanas, principalmente se for considerado o pensamento moderno, científico e analítico, que busca conhecer a natureza profundamente.
Por mais paradoxal que possa parecer, o atual conceito de natureza não é uma concepção “natural”, mas uma invenção de pensadores como São Tomás de Aquino, Francis Bacon e René Descartes. Os povos antigos, sem dispor dessas ferramentas intelectuais, precisavam dar explicações para os fenômenos que observavam, diga-se de maneira amena, totalmente maluca!
O uso de drogas e a prática do sexo, quando combinados ou não, produziam resultados totalmente incompreensíveis. Alguns, mais simplórios, tentavam explicar o “mundo do além” observado durante o prazer e pela mudança de estados de consciência, pela presença de espíritos ou seres imaginários, como deuses ou entes mitológicos, mas alguns poucos criaram narrativas mais próximas daquilo que podemos chamar hoje de uma ciência da natureza.
Observe-se que longe se está da alegação a respeito da “sabedoria” dos povos antigos. Pelo contrário, tratava-se de um tempo de trevas e ignorância, de maneira que hoje em dia precisa-se novamente pavimentar o caminho que foi traçado, de maneira que ele possa ser transitado.
Para este mister, o corpo humano, antes das tomografias computadorizadas e mesmo das dissecações de cadáveres, era aquilo observado pelo próprio indivíduo, subjetivamente. O “algo” que circulava internamente, que hoje chamamos de fluxo sanguíneo, fluxo respiratório, reflexo nervoso ou extensão muscular era chamado de um único nome, “prana” pelos indianos, ou “chi”, pelos chineses. A parte do prana mais intensa, que se manifesta durante o orgasmo, era chamada de “kundalini”. Os vasos imaginários em que transitariam o prana e a kundalini eram chamados de “nadis”, pelos indianos ou “meridianos”, pelos chineses.
Hoje em dia se sabe que a coluna vertebral possui dezenas de articulações, mas, do ponto de vista do indivíduo, existiriam apenas cinco, uma na junção das pernas e dos quadris, uma próxima ao umbigo, uma na altura do coração, uma na base do pescoço e a última na base da nuca. Essas articulações, foram chamadas pelo nome óbvio de “rodas”, que em sânscrito é “chakra”.
O mais interessante é que este amontoado de conceitos absurdos criou uma maneira particular de enxergar o mundo que produz resultados práticos. Mesmo que a teoria não seja verdadeira, o resultado é surpreendente. Até hoje, nunca foi criada uma teoria do orgasmo que parta de conceitos científicos, de maneira que o estudioso possui como única ferramenta essa maneira simplória de pensar.


Luiz Bonow, 2015

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O LIBERALISMO NAS QUESTÕES DE CASAMENTO

Os amigos e os leitores deste blog já perceberam que o autor é de pensamento liberal: o Estado não tem que se meter em quase nada na vida privada ou nos negócios. Isso não quer dizer que se deve rumar para o anarcocapitalismo ou que não devam existir regulações de qualquer espécie.  Um bom exemplo é o direito de o Estado efetuar controle ao monopólio, que é uma maneira de reduzir o poder exclusivo de uma única empresa, já que isso significaria substituir a ditadura estatal por uma ditadura privada.
No vídeo abaixo, é defendida a exclusão do Estado nas questões de casamento:


É verdade que a sociedade não deve ter nada a ver com essas questões e cada um deve fazer o que bem entender?
É evidente que essa defesa irrestrita do anarquismo marital parte de uma bobagem como pressuposto e um bom exemplo é o casamento entre menores. Por que os pais não podem casar duas crianças, como era feito há poucos séculos no ocidente e ainda praticado em vários países? Casar com o filhinho rico do vizinho aos dez anos não seria melhor para a menina do que passar por todos os riscos e decepções que certamente virão na idade adulta? A resposta da negativa é simples: porque o casamento é um ato de consentimento mútuo e crianças são absolutamente incapazes para dizer o “sim”.
E não se pense que a ideia do casamento anárquico é mera elucubração intelectual, pois está aí a Lei do Concubinato que impôs o consentimento tácito para essas questões. Se é possível casar sem dizer "sim", então por qual motivo duas crianças não poderiam ser casadas pelos pais?
Veja-se como é complicado relativizar o casamento. Se tudo pode, o casamento deixa de existir, liquidando com todas as vantagens já dissertadas nesta postagem. A conclusão é que esta instituição, portanto, deve seguir requisitos estritos, seguindo um rol taxativo e formal para se materializar e esses requisitos devem, sim, ser determinados pelo Estado, já que é interesse da nação.

Luiz Bonow, 2015

terça-feira, 23 de junho de 2015

ODORES


Existem duas classes de homens, a dos que tentam adaptar as suas ideias à realidade circundante, os chamados pragmáticos, e a dos que tentam adaptar o mundo a suas ideias, os chamados idealistas. Para estes últimos, como acontece com a ciência do sexo de maneira geral, o princípio da natureza não existe. É totalmente inadmissível para um idealista a existência de um imperativo biológico que promova a ação humana. Para os marxistas, em específico, essa é uma questão de vida ou morte, pois se o ser humano agir conforme a natureza, isso significa que existe um direito natural, portanto não existiriam maneiras de contestar o discurso lockeano, de que a propriedade é um desses direitos. Para o socialista Claude Lévi-Strauss, apenas regras sociais nos tornam diferentes dos outros animais nas questões de acasalamento, sem qualquer influência na biologia. Falando-se especificamente dos cheiros, para outro dos grandes idealistas, Immanuel Kant o olfato era “o mais dispensável e ingrato de todos os sentidos.”.
A mente humana, no entanto, ao contrário que pregava Kant, não é apenas consciente e analítica, com liberdade plena de escolhas, nem apenas fruto dos tabus provenientes do condicionamento social de Lévi-Strauss, mas resultado de milhões de anos de evolução das espécies que conferiram ao ser humano características que lhe foram implantadas muito antes ao desenvolvimento da razão e do surgimento da sociedade.
Há muito que o ser humano percebe a influência dos odores nas artes do amor, mas apenas no início do século XX, o psicólogo inglês Havelock Ellis publica o seu clássico Estudo sobre Psicologia do Sexo: Seleção Sexual no Homem, em que escreveu que “para a maioria dos mamíferos não apenas todas as associações sexuais são principalmente olfativas, mas as impressões recebidas por este sentido bastam para dominar todas as outras.”.
Demorou mais de meio século para que esses insights pioneiros de Ellis fossem retomados por diversos pesquisadores para tentarem explicar alguns fenômenos cotidianos aparentemente desconexos, como a sincronização dos ciclos menstruais de mulheres que vivem juntas, o poder de atração sexual da dança, a mudança de odor que ocorre durante a puberdade, a rejeição de órgãos em transplantes ou decaimento do sentido do olfato que acompanha o decaimento sexual com a idade. No estudo com animais existiam ainda mistérios científicos, como a razão por que irmãos de uma mesma ninhada não costumam acasalarem entre si, se dentre os irracionais não existe a vedação do tabu anunciado por Lévi-Strauss.
O conjunto de conhecimentos que define como os hormônios influenciam o comportamento humano gerou uma disciplina própria, chamada pelo longo nome de psiconeuroendocrinologia. 
Dessa maneira é que se começou a relacionar os odores e seus processos inconscientes como fatores determinantes também no comportamento humano. Foi descoberto que nem todos os químicos voláteis são processados no sistema olfativo principal, existem alguns que são processados por um sistema secundário, químicos estes que os cientistas conhecem por feromônios, palavra com radicais gregos que significam “transferir a excitação”.
Apenas nas últimas décadas é que se começou a aprofundar o estudo da ação de tais químicos na espécie humana, mas muitos pesquisadores têm afirmado que longe se está de uma postura meramente analítica e racional a respeito do comportamento, e os odores têm papel fundamental nos encontros e no acasalamento humano.


Luiz Bonow, 2015

segunda-feira, 22 de junho de 2015

ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA SEM O USO DE DROGAS

Aldous Huxley, nos seus livros seminais “As Portas da Percepção” e “O Céu e o Inferno”, disserta que existem dois caminhos para atingir o que ele chama do “mundo dos antípodas da mente” ou “terra incógnita”, o uso de drogas como a mescalina ou o LSD, ou o método da auto-hipnose.
Ao escolher-se o caminho “hipnótico” pode-se dividi-lo também em dois grandes ramos, que é o método assexuado e o método sexualizado.
Na auto hipnose assexuada, Huxley disserta sobre algumas maneiras, a ver:
- O jejum prolongado, que faz reduzir o ácido nicotínico do organismo, elemento químico inibidor de visões;
- o isolamento sensorial, através de tanques de imersão em líquido sem qualquer ruído ou salas acústicas que isolam o indivíduo do ambiente externo;
- a mortificação corporal, através do uso do cilício ou do látego – os ferimentos causados por estes suplícios medievais, conforme o autor, em conjunto com o jejum e a falta de higiene, causavam alterações químicas responsáveis pela alteração sensorial;
- o uso de luzes estroboscópicas em conjunto com sons específicos, técnica utilizada nas chamadas “brain machines”, ou aparelho eletrônico que tem a função a produção de visões;
- a concentração de uma mistura de sete volumes de oxigênio para três de dióxido de carbono, seja por meio artificial ou pelo controle da respiração utilizado pelos exercícios de yoga (pranayama).
Os estados alterados de consciência, sejam eles os produzidos pelo uso de drogas ou por técnicas produtoras de visões, no entanto, em geral não passam de mero psicodelismo, simples prazer que duram apenas o momento do êxtase.
Os antigos, porém, descobriram um refinamento nessas alucinações sem controle. Em algum momento do Mundo Antigo ocorreu a descoberta daquilo que foi chamado na mística egípcia de “Olho de Hórus”.
Dentro dessa “terra incógnita”, neste “mundo do além” amplamente narrado por loucos, drogados e místicos, existe um tipo especial de alucinação que não é nem única e nem específica do indivíduo, mas aparece exatamente da mesma maneira para todos os seres humanos que conseguem atingi-la.
Essa alucinação “arquetípica” foi chamada no idioma sânscrito de “chacras”, que são luzes preternaturais que residem em determinados pontos do organismo humano. “Rodas” ou “nós” que podem ser sentidos, visualizados e manipulados por indivíduos em estado de meditação ou transe.
Observe-se que não mais se está falando de alucinações no sentido amplo. Ainda que cada fase do processo de acesso ao “além” descrita acima seja comum a todos os seres humanos, o que cada um observa é totalmente diverso, individualizado. Nesta prática, adentra-se em características da espécie humana, pois cada indivíduo verifica um fenômeno idêntico ou muito similar ao do outro, pois as descrições encontradas na literatura, ainda que sujeitas a interpretações religiosas e culturais, mostram-se coincidentes para diversos autores.
Aqui se verifica mais uma ramificação nas diferentes técnicas de acesso ao “além”. Enquanto que o uso de drogas e técnicas rústicas (jejum, estrobo, putrefação da pele pelo látego...) conduzem a um caminho sem controle, totalmente aleatório e alucinado, as técnicas de origem sexual produzem um mundo arquetípico, com aquilo que é mais profundo no ser humano.
Esse é o motivo pelo qual durante toda a história o sexo foi ligado à religiosidade e a repressão da sexualidade é tão significativa nas religiões: aquele que tem acesso direto à divindade não necessita de sacerdotes, portanto não pode ser manipulado.
O controle político necessita do controle da alma.

Luiz Bonow, 2015

domingo, 21 de junho de 2015

Simone de Beauvoir Pedófila e Colaboradora do Nazismo


Um fato histórico que poucos sabem, mas Simone de Beauvoir foi impedida de lecionar por corrupção de menores, ação que compartilhava com Sartre. Era também forte militante de movimentos pedófilos, que pretendiam reduzir a maioridade na França para 11 anos, unindo-se ao FLIP (Frente de Liberação dos Pedófilos) ainda na década de 70!
A santa comunista era também colaboracionista, trabalhando em uma rádio nazista para a Rádio Vichy. 
Aquelas feministas que a veneram, deveriam estudar um pouco de história. Vale a pena ler a reportagem completa publicada no Portal Conservador, clicando aqui.

sábado, 20 de junho de 2015

O que o Google revela sobre sexo?

Curiosa esta reportagem publicada na Revista Galileu, que pode ser acessada CLICANDO AQUI.
Fala do que as pessoas têm buscado a respeito de sexo.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

POR QUE AS PESSOAS SE CASAM?


Em revisão ao já exposto neste blog, pode-se apontar alguns fatores:
1. As pessoas se casam para, como Ulysses, manterem-se atadas ao mastro para que o navio que as conduz chegue no seu destino. De outra maneira, os perigos e as tentações, representadas no texto pelas sereias, os farão se jogar no mar;
2. As pessoas se casam porque as igualhas dos cônjuges variam durante a vida. Um passa a ganhar mais, outro conclui um curso com perspectivas de ser bem remunerado. Um fica rico. Outro fica velho. Um torna-se mais instruído. Outro fica manco de uma perna. Como só se casa, e as pessoas se mantém casadas, no caso de sociedades que permitam o divórcio consensual, com pessoas da mesma igualha, a manutenção do casamento é um pacto de ajuda mútua, para que nenhuma das partes decaia socialmente em nenhum momento da vida, independente do que aconteça; 
3. As pessoas se casam para constituir uma instituição, ao invés de um aglomerado humano intuitu personae. Dessa forma, o casamento é uma incorporação ao invés de duas cabeças pensando separadamente.
4. As pessoas se casam para evitarem futuras dúvidas. Casamento é ato executivo, enquanto todas as demais formas de união exigem processo de conhecimento.
Agora, as pessoas NÃO se casam para serem felizes, essa é mera consequência que pode ou não se concretizar. Só um idiota responderia a pergunta dessa maneira.


Luiz Bonow, 2015