Em continuação ao estudo da hierarquia
humana, que foi exposto nesta postagem que convém serlida para melhor compreensão, algumas conclusões lógicas
decorrentes de ideia que existem pessoas em diferentes graus e como elas se
conectam.
O ser humano relaciona-se entre si das
seguintes formas:
1 Relações Aditivas Entre Iguais:
a) RELAÇÃO DE TRUSTE. É quando duas ou
mais pessoas unem-se para multiplicar o capital arrecadado e dividi-lo entre os
seus membros. É o fundamento da ideia de casamento, onde se pressupõe um
enriquecimento do grupo e uma equalização social.
b) RELAÇÃO DE COOPERAÇÃO.
É quando duas ou mais pessoas unem-se para somar conhecimentos ou capital,
porém mantendo-se as individualidades, não formando uma instituição. Como
exemplo, têm-se as relações de amizade, amantes sem vínculo econômico, grupos
de pesquisa, etc. A relação cooperativa é uma relação de troca.
2 Relações Aditivas Entre
Superior e Inferior:
a) RELAÇÃO TUTORIAL.
Acontece quando alguém hierarquicamente superior une-se a outro inferior para
conduzi-lo, sem que isso represente perda para o superior, pois este espera
recuperar o investimento no futuro, ou simplesmente obter uma satisfação
emocional.
b) RELAÇÃO DE CARIDADE.
Quando o superior auxilia o inferior, mesmo com perdas previstas por parte do
primeiro, sendo que estas perdas são de tal monta que não o desestruturam
economicamente.
3 Relações Subtrativas:
Chamam-se assim porque
aqui existe uma significativa perda de uma das partes. Estas relações sempre se
dão de forma hierárquica.
a) RELAÇÃO DE DOMÍNIO. O
superior espolia o inferior. São muitas das relações de trabalho, o estupro, a
escravidão, etc.
b) RELAÇÃO DE VAMPIRISMO.
Quando o inferior une-se ao superior para tirar proveito deste.
Considerando-se que quando
se juntam duas pessoas naturais, estabelece-se uma das relações supracitadas, é
necessário analisar sempre se é uma relação que traz ganhos (aditiva) ou perdas
(subtrativa) para um dos lados, quem ganha e quem perde determina claramente
quem é o inferior e quem é o superior hierárquico.
A medida desta relação é o
volume hierárquico (ou de poder) de cada um dos envolvidos, ou seja, o produto
de sua classe, sua casta cultural e sua hierarquia sexual.
Considerando-se ainda que
na espécie humana o sexo é mercadoria de troca por provimento e segurança,
representados por dinheiro e carinho, no casamento o eufemismo
"afeto" representa a moeda sexual para comprar estes volumes.
Assim em uma relação
homem-mulher, que é o objeto do presente trabalho, deve-se sempre analisar se
existe algum íncubo ou súcubo e se a relação traz as maiores possibilidades de
ganhos para os dois. Volta-se aqui à questão da igualha, que é uma relação de
truste e o padrão de medida de um casamento bem sucedido, sendo que as demais
relações humanas permeiam a ideia de casamento, porém devem ser evitadas.
Dessa forma, as mulheres
classicamente dividem-se em três tipos de relação com os homens, as esposas, as
amantes e as prostitutas[1].
Em via de regra, o
casamento, ou a relação com a esposa é uma relação aditiva entre iguais, com a
amante, normalmente é uma relação mais baixa porque normalmente não tem o mesmo
nível de compensação social que a esposa o tem, tornando-se uma relação mais
baixa, e com a prostituta pode vir a ser uma relação subtrativa, porque pode
existir a exploração sexual por parte do homem ou a exploração econômica por
parte da prostituta. Assim, quanto mais próximo em igualha for o casal, mais
chances este terá de estabelecer uma relação aditiva, institucionalizada, e que
trará mais benefícios a ambos.
Luiz Bonow, 2015
[1]
Em um texto atribuído a Demóstenes tem-se clara esta relação: "As
cortesãs, nós a temos para o prazer; as concubinas, para os cuidados de todo o
dia; as esposas para ter uma descendência legítima e uma fiel guardiã do
lar."
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