“Tudo nesse mundo é sobre sexo, exceto sexo. Sexo é sobre poder.”

(Oscar Wilde)

terça-feira, 2 de junho de 2015

A MEDITAÇÃO DO ABELHÃO


Campo de Estudo: Orgasmo

Já foi mencionado neste blog que a prática do sexo tem o poder de alterar transformações da percepção do indivíduo, levando paulatinamente a alcançar os três níveis de consciência, a estase(dhárana), o êxtase (dhyána) e o “insight” (samádhi).
No entanto, como aprimorar a concentração necessária para efetuar, na prática essas alterações mentais? Uma técnica respiratória que concede um grande poder de concentração ao praticante, é o chamado Pranayama (controle do sopro ou da respiração) e dentre todas as técnicas deste anga do yoga, existe uma que é curiosa por gerar muito rapidamente um estado meditativo, é a chamada “Controle Respiratório do Abelhão” (Bhramari Pranayama).
Com ambos os cotovelos na altura da cabeça, colocam-se os polegares nos ouvidos, tapando a audição de qualquer som externo. Com os dedos médio e indicadores, apertam-se os dois olhos, fazendo pressão.
                                        Fonte da imagem: http://my.yoga-vidya.org/photo/bhramari-pranayama

Inicia-se a inspiração, em uma contagem lenta, que deve ser aumentada com a prática. Quando os pulmões estiverem cheios, solta-se o ar, emitindo um zunido, que pode ser de alta ou baixa frequência, como se fosse o som de uma grande abelha ou marimbondo.
O tempo da expiração deve ser o mesmo da inspiração e não devem existir retenções entre um e outro ciclo.
Que o praticante não pense que está entrando em estado de êxtase (dhyána) ao começar a ver luzes coloridas, que provavelmente ocorrerão. A pressão dos olhos provoca um fenômeno que foi chamado pelo cirurgião JBH Savigny, de “fosfeno”, que nada mais é que a compressão das células da retina, transmitindo uma sensação luminosa ao cérebro.
A vantagem desta respiração sobre as demais práticas de pranayama, além do rápido poder de concentração que ela fornece, é que dá ao estudante uma noção daquilo que é chamado de “luzes preternaturais”, ou sejam, luzes extremamente brilhantes que aparecem diante dos olhos, independente do fenômeno físico da iluminação. Com concentração e ambiente silencioso, sons preternaturais poderão ser ouvidos após a prática também, aparecem como um ruído de fundo, um pequeno zumbido, uma onda sonora.


Luiz Bonow, 2015

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