Foto: Carina Costa - G1
Dificilmente encontrar-se-á uma feminista que não
faça parte de movimentos de esquerda também, como se tivessem o monopólio da
virtude e anuência de todas as mulheres do mundo para falarem em nome delas.
Deve-se perguntar, no entanto, se as feministas de
esquerda falam em nome do feminino ou em nome do discurso socialista, aquele
que coloca de um lado as injustiçadas e “inocentes” mulheres contra os
“pérfidos” homens brancos heterossexuais. Muito foi criticado o silêncio
sepulcral daquelas que se auto intitularam defensoras da irmandade mundial das mulheres,
no caso do estupro coletivo ocorrido no Piauí, em que menores atacaram
barbaramente quatro meninas. Ora, em um momento que a esquerda bate severamente
contra a redução da maioridade penal no país, atacar esses animais seria
despropositado, pelo contrário, criticaram a delegada que propôs a castração
química dos criminosos. Tudo já argumentado no site Implicante.
Complementando o que já foi dito, saliente-se que
essa omissão longe está de ser um fato isolado ou simples episódio a
acrescentar no rol da tradicional covardia de boa parte da imprensa nacional.
Quando a casa em Las Vegas da atriz americana de filmes pornô, Cytherea foi invadida por uma gangue,
sendo ela estuprada na frente dos filhos, fez-se silêncio obsequioso na
imprensa mundial. Nenhuma feminista vociferou contra a crueldade do fato. Por
quê? Os criminosos eram jovens negros e pobres, ou seja, era politicamente
incorreto falar qualquer coisa que fosse contra a cartilha das esquerdas. Com
certeza, a agenda seria diferente se o crime fosse praticado por brancos puritanos
liberais e abastados.
Saindo-se do ramo do crime, o mesmo acontece com o fracasso das presidentes Dilma Roussef e Christina Kirschner.
A imprensa internacional jamais menciona a condição feminina de ambas, da mesma
maneira parcial e sexista que o fez quando foram eleitas.
São nítidos exemplos de discurso de validade sobrepondo-se ao de verdade, as feministas escolhem metodicamente a pílula azul.
Dessa maneira, as mulheres devem-se perguntar: 1.
será que as feministas de esquerda me representam ou será que são apenas um
bando de canalhas tentando tomar o poder? 2. Será que devo orgulhar-me de dizer
que sou feminista, já que os conceitos de feminino ficam em segundo plano,
evidenciando um mero discurso ideológico?
Luiz Bonow, 2015
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