Em revisão ao já exposto
neste blog, pode-se apontar alguns fatores:
1. As pessoas se casam
para, como Ulysses, manterem-se atadas ao mastro para que o navio que as conduz
chegue no seu destino. De outra maneira, os perigos e as tentações,
representadas no texto pelas sereias, os farão se jogar no mar;
2. As pessoas se casam
porque as igualhas dos cônjuges variam durante a vida.
Um passa a ganhar mais, outro conclui um curso com perspectivas de ser bem
remunerado. Um fica rico. Outro fica velho. Um torna-se mais instruído. Outro
fica manco de uma perna. Como só se casa, e as pessoas se mantém casadas, no
caso de sociedades que permitam o divórcio consensual, com pessoas da mesma
igualha, a manutenção do casamento é um pacto de ajuda mútua, para que nenhuma
das partes decaia socialmente em nenhum momento da vida, independente do que
aconteça;
3. As pessoas se casam
para constituir
uma instituição, ao invés de um aglomerado humano intuitu personae. Dessa forma, o casamento é uma incorporação ao invés de duas
cabeças pensando separadamente.
4. As pessoas se casam
para evitarem futuras dúvidas. Casamento é ato executivo, enquanto todas as
demais formas de união exigem processo de conhecimento.
Agora, as pessoas NÃO se
casam para serem felizes, essa é mera consequência que pode ou não se
concretizar. Só um idiota responderia a pergunta dessa maneira.
Luiz Bonow, 2015
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