“Tudo nesse mundo é sobre sexo, exceto sexo. Sexo é sobre poder.”

(Oscar Wilde)

terça-feira, 30 de junho de 2015

OS SEIS TIPOS DE RELAÇÕES HUMANAS


Em continuação ao estudo da hierarquia humana, que foi exposto nesta postagem que convém serlida para melhor compreensão, algumas conclusões lógicas decorrentes de ideia que existem pessoas em diferentes graus e como elas se conectam.
O ser humano relaciona-se entre si das seguintes formas:

1 Relações Aditivas Entre Iguais:

a) RELAÇÃO DE TRUSTE. É quando duas ou mais pessoas unem-se para multiplicar o capital arrecadado e dividi-lo entre os seus membros. É o fundamento da ideia de casamento, onde se pressupõe um enriquecimento do grupo e uma equalização social.

b) RELAÇÃO DE COOPERAÇÃO. É quando duas ou mais pessoas unem-se para somar conhecimentos ou capital, porém mantendo-se as individualidades, não formando uma instituição. Como exemplo, têm-se as relações de amizade, amantes sem vínculo econômico, grupos de pesquisa, etc. A relação cooperativa é uma relação de troca.

2 Relações Aditivas Entre Superior e Inferior:

a) RELAÇÃO TUTORIAL. Acontece quando alguém hierarquicamente superior une-se a outro inferior para conduzi-lo, sem que isso represente perda para o superior, pois este espera recuperar o investimento no futuro, ou simplesmente obter uma satisfação emocional.

b) RELAÇÃO DE CARIDADE. Quando o superior auxilia o inferior, mesmo com perdas previstas por parte do primeiro, sendo que estas perdas são de tal monta que não o desestruturam economicamente.

3 Relações Subtrativas:
Chamam-se assim porque aqui existe uma significativa perda de uma das partes. Estas relações sempre se dão de forma hierárquica.

a) RELAÇÃO DE DOMÍNIO. O superior espolia o inferior. São muitas das relações de trabalho, o estupro, a escravidão, etc.

b) RELAÇÃO DE VAMPIRISMO. Quando o inferior une-se ao superior para tirar proveito deste.

Considerando-se que quando se juntam duas pessoas naturais, estabelece-se uma das relações supracitadas, é necessário analisar sempre se é uma relação que traz ganhos (aditiva) ou perdas (subtrativa) para um dos lados, quem ganha e quem perde determina claramente quem é o inferior e quem é o superior hierárquico.
A medida desta relação é o volume hierárquico (ou de poder) de cada um dos envolvidos, ou seja, o produto de sua classe, sua casta cultural e sua hierarquia sexual.
Considerando-se ainda que na espécie humana o sexo é mercadoria de troca por provimento e segurança, representados por dinheiro e carinho, no casamento o eufemismo "afeto" representa a moeda sexual para comprar estes volumes.
Assim em uma relação homem-mulher, que é o objeto do presente trabalho, deve-se sempre analisar se existe algum íncubo ou súcubo e se a relação traz as maiores possibilidades de ganhos para os dois. Volta-se aqui à questão da igualha, que é uma relação de truste e o padrão de medida de um casamento bem sucedido, sendo que as demais relações humanas permeiam a ideia de casamento, porém devem ser evitadas.
Dessa forma, as mulheres classicamente dividem-se em três tipos de relação com os homens, as esposas, as amantes e as prostitutas[1].
Em via de regra, o casamento, ou a relação com a esposa é uma relação aditiva entre iguais, com a amante, normalmente é uma relação mais baixa porque normalmente não tem o mesmo nível de compensação social que a esposa o tem, tornando-se uma relação mais baixa, e com a prostituta pode vir a ser uma relação subtrativa, porque pode existir a exploração sexual por parte do homem ou a exploração econômica por parte da prostituta. Assim, quanto mais próximo em igualha for o casal, mais chances este terá de estabelecer uma relação aditiva, institucionalizada, e que trará mais benefícios a ambos.

Luiz Bonow, 2015



[1] Em um texto atribuído a Demóstenes tem-se clara esta relação: "As cortesãs, nós a temos para o prazer; as concubinas, para os cuidados de todo o dia; as esposas para ter uma descendência legítima e uma fiel guardiã do lar."

segunda-feira, 29 de junho de 2015

ESOTERISMO


Aquele que começa a estudar as coisas da alma depara-se com uma insanidade magistral. As expressões, as explicações e os conceitos são totalmente doidivanas, principalmente se for considerado o pensamento moderno, científico e analítico, que busca conhecer a natureza profundamente.
Por mais paradoxal que possa parecer, o atual conceito de natureza não é uma concepção “natural”, mas uma invenção de pensadores como São Tomás de Aquino, Francis Bacon e René Descartes. Os povos antigos, sem dispor dessas ferramentas intelectuais, precisavam dar explicações para os fenômenos que observavam, diga-se de maneira amena, totalmente maluca!
O uso de drogas e a prática do sexo, quando combinados ou não, produziam resultados totalmente incompreensíveis. Alguns, mais simplórios, tentavam explicar o “mundo do além” observado durante o prazer e pela mudança de estados de consciência, pela presença de espíritos ou seres imaginários, como deuses ou entes mitológicos, mas alguns poucos criaram narrativas mais próximas daquilo que podemos chamar hoje de uma ciência da natureza.
Observe-se que longe se está da alegação a respeito da “sabedoria” dos povos antigos. Pelo contrário, tratava-se de um tempo de trevas e ignorância, de maneira que hoje em dia precisa-se novamente pavimentar o caminho que foi traçado, de maneira que ele possa ser transitado.
Para este mister, o corpo humano, antes das tomografias computadorizadas e mesmo das dissecações de cadáveres, era aquilo observado pelo próprio indivíduo, subjetivamente. O “algo” que circulava internamente, que hoje chamamos de fluxo sanguíneo, fluxo respiratório, reflexo nervoso ou extensão muscular era chamado de um único nome, “prana” pelos indianos, ou “chi”, pelos chineses. A parte do prana mais intensa, que se manifesta durante o orgasmo, era chamada de “kundalini”. Os vasos imaginários em que transitariam o prana e a kundalini eram chamados de “nadis”, pelos indianos ou “meridianos”, pelos chineses.
Hoje em dia se sabe que a coluna vertebral possui dezenas de articulações, mas, do ponto de vista do indivíduo, existiriam apenas cinco, uma na junção das pernas e dos quadris, uma próxima ao umbigo, uma na altura do coração, uma na base do pescoço e a última na base da nuca. Essas articulações, foram chamadas pelo nome óbvio de “rodas”, que em sânscrito é “chakra”.
O mais interessante é que este amontoado de conceitos absurdos criou uma maneira particular de enxergar o mundo que produz resultados práticos. Mesmo que a teoria não seja verdadeira, o resultado é surpreendente. Até hoje, nunca foi criada uma teoria do orgasmo que parta de conceitos científicos, de maneira que o estudioso possui como única ferramenta essa maneira simplória de pensar.


Luiz Bonow, 2015

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O LIBERALISMO NAS QUESTÕES DE CASAMENTO

Os amigos e os leitores deste blog já perceberam que o autor é de pensamento liberal: o Estado não tem que se meter em quase nada na vida privada ou nos negócios. Isso não quer dizer que se deve rumar para o anarcocapitalismo ou que não devam existir regulações de qualquer espécie.  Um bom exemplo é o direito de o Estado efetuar controle ao monopólio, que é uma maneira de reduzir o poder exclusivo de uma única empresa, já que isso significaria substituir a ditadura estatal por uma ditadura privada.
No vídeo abaixo, é defendida a exclusão do Estado nas questões de casamento:


É verdade que a sociedade não deve ter nada a ver com essas questões e cada um deve fazer o que bem entender?
É evidente que essa defesa irrestrita do anarquismo marital parte de uma bobagem como pressuposto e um bom exemplo é o casamento entre menores. Por que os pais não podem casar duas crianças, como era feito há poucos séculos no ocidente e ainda praticado em vários países? Casar com o filhinho rico do vizinho aos dez anos não seria melhor para a menina do que passar por todos os riscos e decepções que certamente virão na idade adulta? A resposta da negativa é simples: porque o casamento é um ato de consentimento mútuo e crianças são absolutamente incapazes para dizer o “sim”.
E não se pense que a ideia do casamento anárquico é mera elucubração intelectual, pois está aí a Lei do Concubinato que impôs o consentimento tácito para essas questões. Se é possível casar sem dizer "sim", então por qual motivo duas crianças não poderiam ser casadas pelos pais?
Veja-se como é complicado relativizar o casamento. Se tudo pode, o casamento deixa de existir, liquidando com todas as vantagens já dissertadas nesta postagem. A conclusão é que esta instituição, portanto, deve seguir requisitos estritos, seguindo um rol taxativo e formal para se materializar e esses requisitos devem, sim, ser determinados pelo Estado, já que é interesse da nação.

Luiz Bonow, 2015

terça-feira, 23 de junho de 2015

ODORES


Existem duas classes de homens, a dos que tentam adaptar as suas ideias à realidade circundante, os chamados pragmáticos, e a dos que tentam adaptar o mundo a suas ideias, os chamados idealistas. Para estes últimos, como acontece com a ciência do sexo de maneira geral, o princípio da natureza não existe. É totalmente inadmissível para um idealista a existência de um imperativo biológico que promova a ação humana. Para os marxistas, em específico, essa é uma questão de vida ou morte, pois se o ser humano agir conforme a natureza, isso significa que existe um direito natural, portanto não existiriam maneiras de contestar o discurso lockeano, de que a propriedade é um desses direitos. Para o socialista Claude Lévi-Strauss, apenas regras sociais nos tornam diferentes dos outros animais nas questões de acasalamento, sem qualquer influência na biologia. Falando-se especificamente dos cheiros, para outro dos grandes idealistas, Immanuel Kant o olfato era “o mais dispensável e ingrato de todos os sentidos.”.
A mente humana, no entanto, ao contrário que pregava Kant, não é apenas consciente e analítica, com liberdade plena de escolhas, nem apenas fruto dos tabus provenientes do condicionamento social de Lévi-Strauss, mas resultado de milhões de anos de evolução das espécies que conferiram ao ser humano características que lhe foram implantadas muito antes ao desenvolvimento da razão e do surgimento da sociedade.
Há muito que o ser humano percebe a influência dos odores nas artes do amor, mas apenas no início do século XX, o psicólogo inglês Havelock Ellis publica o seu clássico Estudo sobre Psicologia do Sexo: Seleção Sexual no Homem, em que escreveu que “para a maioria dos mamíferos não apenas todas as associações sexuais são principalmente olfativas, mas as impressões recebidas por este sentido bastam para dominar todas as outras.”.
Demorou mais de meio século para que esses insights pioneiros de Ellis fossem retomados por diversos pesquisadores para tentarem explicar alguns fenômenos cotidianos aparentemente desconexos, como a sincronização dos ciclos menstruais de mulheres que vivem juntas, o poder de atração sexual da dança, a mudança de odor que ocorre durante a puberdade, a rejeição de órgãos em transplantes ou decaimento do sentido do olfato que acompanha o decaimento sexual com a idade. No estudo com animais existiam ainda mistérios científicos, como a razão por que irmãos de uma mesma ninhada não costumam acasalarem entre si, se dentre os irracionais não existe a vedação do tabu anunciado por Lévi-Strauss.
O conjunto de conhecimentos que define como os hormônios influenciam o comportamento humano gerou uma disciplina própria, chamada pelo longo nome de psiconeuroendocrinologia. 
Dessa maneira é que se começou a relacionar os odores e seus processos inconscientes como fatores determinantes também no comportamento humano. Foi descoberto que nem todos os químicos voláteis são processados no sistema olfativo principal, existem alguns que são processados por um sistema secundário, químicos estes que os cientistas conhecem por feromônios, palavra com radicais gregos que significam “transferir a excitação”.
Apenas nas últimas décadas é que se começou a aprofundar o estudo da ação de tais químicos na espécie humana, mas muitos pesquisadores têm afirmado que longe se está de uma postura meramente analítica e racional a respeito do comportamento, e os odores têm papel fundamental nos encontros e no acasalamento humano.


Luiz Bonow, 2015

segunda-feira, 22 de junho de 2015

ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA SEM O USO DE DROGAS

Aldous Huxley, nos seus livros seminais “As Portas da Percepção” e “O Céu e o Inferno”, disserta que existem dois caminhos para atingir o que ele chama do “mundo dos antípodas da mente” ou “terra incógnita”, o uso de drogas como a mescalina ou o LSD, ou o método da auto-hipnose.
Ao escolher-se o caminho “hipnótico” pode-se dividi-lo também em dois grandes ramos, que é o método assexuado e o método sexualizado.
Na auto hipnose assexuada, Huxley disserta sobre algumas maneiras, a ver:
- O jejum prolongado, que faz reduzir o ácido nicotínico do organismo, elemento químico inibidor de visões;
- o isolamento sensorial, através de tanques de imersão em líquido sem qualquer ruído ou salas acústicas que isolam o indivíduo do ambiente externo;
- a mortificação corporal, através do uso do cilício ou do látego – os ferimentos causados por estes suplícios medievais, conforme o autor, em conjunto com o jejum e a falta de higiene, causavam alterações químicas responsáveis pela alteração sensorial;
- o uso de luzes estroboscópicas em conjunto com sons específicos, técnica utilizada nas chamadas “brain machines”, ou aparelho eletrônico que tem a função a produção de visões;
- a concentração de uma mistura de sete volumes de oxigênio para três de dióxido de carbono, seja por meio artificial ou pelo controle da respiração utilizado pelos exercícios de yoga (pranayama).
Os estados alterados de consciência, sejam eles os produzidos pelo uso de drogas ou por técnicas produtoras de visões, no entanto, em geral não passam de mero psicodelismo, simples prazer que duram apenas o momento do êxtase.
Os antigos, porém, descobriram um refinamento nessas alucinações sem controle. Em algum momento do Mundo Antigo ocorreu a descoberta daquilo que foi chamado na mística egípcia de “Olho de Hórus”.
Dentro dessa “terra incógnita”, neste “mundo do além” amplamente narrado por loucos, drogados e místicos, existe um tipo especial de alucinação que não é nem única e nem específica do indivíduo, mas aparece exatamente da mesma maneira para todos os seres humanos que conseguem atingi-la.
Essa alucinação “arquetípica” foi chamada no idioma sânscrito de “chacras”, que são luzes preternaturais que residem em determinados pontos do organismo humano. “Rodas” ou “nós” que podem ser sentidos, visualizados e manipulados por indivíduos em estado de meditação ou transe.
Observe-se que não mais se está falando de alucinações no sentido amplo. Ainda que cada fase do processo de acesso ao “além” descrita acima seja comum a todos os seres humanos, o que cada um observa é totalmente diverso, individualizado. Nesta prática, adentra-se em características da espécie humana, pois cada indivíduo verifica um fenômeno idêntico ou muito similar ao do outro, pois as descrições encontradas na literatura, ainda que sujeitas a interpretações religiosas e culturais, mostram-se coincidentes para diversos autores.
Aqui se verifica mais uma ramificação nas diferentes técnicas de acesso ao “além”. Enquanto que o uso de drogas e técnicas rústicas (jejum, estrobo, putrefação da pele pelo látego...) conduzem a um caminho sem controle, totalmente aleatório e alucinado, as técnicas de origem sexual produzem um mundo arquetípico, com aquilo que é mais profundo no ser humano.
Esse é o motivo pelo qual durante toda a história o sexo foi ligado à religiosidade e a repressão da sexualidade é tão significativa nas religiões: aquele que tem acesso direto à divindade não necessita de sacerdotes, portanto não pode ser manipulado.
O controle político necessita do controle da alma.

Luiz Bonow, 2015

domingo, 21 de junho de 2015

Simone de Beauvoir Pedófila e Colaboradora do Nazismo


Um fato histórico que poucos sabem, mas Simone de Beauvoir foi impedida de lecionar por corrupção de menores, ação que compartilhava com Sartre. Era também forte militante de movimentos pedófilos, que pretendiam reduzir a maioridade na França para 11 anos, unindo-se ao FLIP (Frente de Liberação dos Pedófilos) ainda na década de 70!
A santa comunista era também colaboracionista, trabalhando em uma rádio nazista para a Rádio Vichy. 
Aquelas feministas que a veneram, deveriam estudar um pouco de história. Vale a pena ler a reportagem completa publicada no Portal Conservador, clicando aqui.

sábado, 20 de junho de 2015

O que o Google revela sobre sexo?

Curiosa esta reportagem publicada na Revista Galileu, que pode ser acessada CLICANDO AQUI.
Fala do que as pessoas têm buscado a respeito de sexo.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

POR QUE AS PESSOAS SE CASAM?


Em revisão ao já exposto neste blog, pode-se apontar alguns fatores:
1. As pessoas se casam para, como Ulysses, manterem-se atadas ao mastro para que o navio que as conduz chegue no seu destino. De outra maneira, os perigos e as tentações, representadas no texto pelas sereias, os farão se jogar no mar;
2. As pessoas se casam porque as igualhas dos cônjuges variam durante a vida. Um passa a ganhar mais, outro conclui um curso com perspectivas de ser bem remunerado. Um fica rico. Outro fica velho. Um torna-se mais instruído. Outro fica manco de uma perna. Como só se casa, e as pessoas se mantém casadas, no caso de sociedades que permitam o divórcio consensual, com pessoas da mesma igualha, a manutenção do casamento é um pacto de ajuda mútua, para que nenhuma das partes decaia socialmente em nenhum momento da vida, independente do que aconteça; 
3. As pessoas se casam para constituir uma instituição, ao invés de um aglomerado humano intuitu personae. Dessa forma, o casamento é uma incorporação ao invés de duas cabeças pensando separadamente.
4. As pessoas se casam para evitarem futuras dúvidas. Casamento é ato executivo, enquanto todas as demais formas de união exigem processo de conhecimento.
Agora, as pessoas NÃO se casam para serem felizes, essa é mera consequência que pode ou não se concretizar. Só um idiota responderia a pergunta dessa maneira.


Luiz Bonow, 2015

quinta-feira, 18 de junho de 2015

EROS, TANATHOS E O SENTIDO DA VIDA


Os seres humanos sabem que vão morrer.  Para tentar amenizar um pouco desta certeza, buscar um pouco de consolo, todos os povos criaram mitos sobre aquilo que aconteceria após a morte, cada qual diferente do outro.
Existem dois tipos de morte, aquela que ocorre no final da vida e outra que se dá a cada segundo, o tempo que passa e não volta mais. Existem duas maneiras absolutamente certas de lidar com a morte: deixar algo que permanecerá após a passagem do ser humano sobre terra ou tentar aproveitar o momento que passa.
A fórmula anedótica para deixar algo é bem conhecida: ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore. Vale também pintarem-se quadros, construir uma ponte ou compor uma sinfonia.
No entanto, nada disso ficará. A única coisa permanente na vida é a mudança. Como se sabe, um dia a família terminará, as árvores que plantamos se extinguirão e a língua com que escrevemos o livro não mais será falada. No entanto essa sensação de permanência é uma das coisas que dão sentido à vida, pois é uma maneira de afrontar a morte.
O segundo que passa não pode ser agarrado, no entanto, pode ser usufruído. Outra maneira de desafiar a morte é através do prazer.
O prazer está sempre nos hormônios e nos neurotransmissores. Busca-se a adrenalina, as endorfinas, a oxitocina ou a testosterona, o ser humano é viciado neles, drogas naturais do organismo.
Dentre todas as maneiras hormonais que se busca para aproveitar de alguma maneira a passagem inexorável do tempo, o sexo é a mais importante, já que está impregnada no nosso DNA pela missão de perpetuar a espécie. Só se busca as demais, as aventuras, a velocidade, as pequenas alegrias, as drogas artificiais ou os prazeres da mesa porque não se pode dispor de relações sexuais o tempo todo, de maneira que se pode chamar todos esses citados de sub-prazeres.
Nesse sentido, as técnicas para obter e prolongar o prazer sexual se tornam importantes. Aqueles que não as dominam simplesmente não conseguem uma forte ferramenta para desafiar a morte. O deus da morte, Tanathos é combatido com o deus do prazer físico, Eros.
Aqueles que não conseguem deixar nada para após a sua existência e aqueles que não vivem pelo e para o prazer são simples fantasmas apenas assombrando a vida e passando por ela como se nunca tivessem existido.
Desafiar a morte. É por isso que se faz sexo.

Luiz Bonow, 2015

quarta-feira, 17 de junho de 2015

O DIVÓRCIO CONSENSUAL


A separação dos casais é antiga e já existia na Roma Antiga, porque é um instituto óbvio. Evidentemente ninguém tem a obrigação de sofrer as maiores ofensas e provações simplesmente porque assinou um papel no passado. No Código Civil brasileiro de 1916 e na maior parte das legislações ao redor do globo previam-se os motivos pelos quais ele poderia ocorrer, em rol taxativo.
Os comunistas, no entanto, inovaram. Um ano após a Revolução Russa, em 1918, foi instituído pela primeira vez na história o Divórcio por Consentimento Mútuo, ou seja, assim como para casar era necessário a pronúncia o “sim”, para divorciar bastava o “não”. O segundo país a estabelecer o divórcio consensual foi a China de Mao Tse Tung, em 1950.
No ocidente não ditatorial, iniciou-se esta tradição, chamada pelos americanos de “divórcio não culposo” (no-fault divorce) com Ronald Reagan (sic), quando era governador da Califórnia, em 1968. No Brasil, o divórcio consensual chegou durante a Ditadura Militar, considerada “de direita”, em 1977.
Observe-se que um conceito que era tradicionalmente defendido pelas esquerdas, foi incorporado pelos governos conservadores sem maiores resistências, sendo, talvez, a maior conquista de mudança de ideologia de moldes gramscianos da história.
Poucos anos mais tarde, durante o Governo Fernando Henrique, o Brasil criou uma jabuticaba legislativa com as leis da Concubina e do Concubinato (1994 e 1996) que excluía o “sim” do casamento, tornando-se o consentimento tácito não mais necessário. Como já foi dito aqui, isso gerou toda espécie de golpes e uma degeneração geral da sociedade, pois famílias estáveis possuem uma série de vantagens em relação às dissolvidas, principalmente na questão da geração de riqueza e menor necessidade de intervenção do Estado na vida cotidiana.
Por que os comunas são tão a favor da dissolução da família? Pelo simples motivo que quanto menores são os laços interpessoais, maior é a necessidade de intervenção do Estado. O indivíduo só, abandonado, é mais frágil necessitando todo o tipo de serviço social: assistência a idosos, a crianças, maior geração de pobreza, maior dificuldade de alimentação cotidiana, maiores problemas psicológicos e médicos... enfim, o amparo necessita ser suprido por uma classe de governantes abnegados a aptos a ajudar. Só que isso, é óbvio, não acontece e essa classe dominante acaba por mamar das tetas públicas, tornando o Estado inchado e a nação mais pobre.
Enfim, defender o fim do divórcio consensual e o fim da Lei do Concubinato é chutar cachorro morto, é claro que ninguém há de apoiar as ideias do autor deste texto, pois as mentes já foram muito bem lavadas.

Mas que ele está certo, está!

terça-feira, 16 de junho de 2015

Infográfico da Promiscuidade

Bastante interessante o gráfico sobre o Princípio de Bateman, elaborado pelo pessoal da Euroclinix, de Portugal.
Pode ser visitado no original, clicando neste endereço.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

CARTA DE UM JOVEM QUE COMEÇA A AMAR, DE UM HOMEM MADURO QUE JÁ TEM AMADO


Caro jovem amigo,
preciso-lhe escrever estas linhas que, sem  almejar a grandeza de um Rilke ou a perspicácia de um Franklin, tratam de assunto pertinente a todos os homens e que não posso deixar de te advertir, mesmo sabendo que só serei compreendido depois de te tornares irremediavelmente ferido pelo peso dos anos e pela só aparente leveza dos beijos femininos. Eu que estou, se não ainda no ocaso da vida, digamos, já no horário do lanche da tarde, fortuitamente encontrei-te a pouco pela rua, pisando em ovos, sorrindo de forma constrangida para mim, como se algo tivesse a censurar-te, tentando explicar-te para, desculpando-me eu aqui pela impessoalidade do pronome pessoal, para ela a respeito de acontecimentos ordinários sobre os quais, sabemos, dentre as mulheres gotas de um copo d’água transformam-se em tempestades.
Não quero ser pessimista, mas, acredita, será assim para toda a tua vida, pois, repentinamente abrindo-se a cortina e acendendo-se a ribalta, somos jogados para contracenar neste palco sem ninguém nos ter repassado o texto ou ensinado as marcações. 
Escutemos os que vieram antes de nós. Orson Welles falava que se não fossem as mulheres, estaríamos ainda sentados em uma caverna, comendo carne crua. Tudo o que fazemos é para impressionar as nossas namoradas. 
Sabendo disso, estas, merecidamente ufanas, nos repetem o lugarcomum de que só seremos grandes se tivermos uma delas por detrás, mas recorda-te da advertência de Ortega y Gasset, de que elas sempre estão tentando nos manter em um patamar medíocre e impedir de nos tornarmos semideuses. E o pior de tudo é que ambas as afirmações, ainda que contraditórias, são verdades. Dessa maneira, quando estiveres quase descobrindo a cura do câncer ou o porquê das galáxias se afastarem em ritmo tão acelerado, e fores obrigado por uma delas a sair para buscar um desentupidor de pia ou um frasco de baunilha no supermercado, lembra-te que as grandes questões nem sequer teriam sido cogitadas se tu estivesses sozinho, a tua grandeza, que almejo ocorra, não o será apesar de, mas também por causa dela. Jamais na história uma mulher compôs uma sinfonia, mas se não fossem as mulheres, nunca teria existido um Mozart.
Como conheço tua inteligência, sei que de jovem que acredita no mundo de ideais, proposto por Platão, e na bondade, proposta por Cristo e Rousseau, o tempo passará e tornar-te-ás ciente da crueldade dos lobos e da praticidade de jaulas, chicotes e focinheiras para que não nos devoremos uns aos outros. No entanto, quando se trata do amor, evadem-se todas as formas ideológicas de pensar, as que adoçam a juventude e as que dão fel à maturidade, e restam apenas dois tipos de homens: os cínicos.
Mas não se engane, pois o homógrafo divide os sábios dos imbecis. O primeiro tipo é daquele cínico assim definido pela língua portuguesa, do que mente, do que ilude, do que finge aquilo que não é, achando que está levando vantagem e enganando as mulheres. O segundo é o cínico assim exposto pela filosofia grega, do tipo que é honesto como um cão e profere verdades mesmo sabendo que talvez venha a ser prejudicado.
Tuas pernas irão tremer e teus lábios irão vibrar em indecisões apavoradas, mas quando ouvires perguntas cruciais para a alma feminina como “Com quem estavas ontem à noite?”, ou, pior ainda, “Estou gorda?”, deverás optar em qual dos dois cínicos queres te tornar.
Se escolheres ser dos cínicos mentirosos, sinto informar, mas serás corno. Serás pobre, pois perderás todos os bens que conquistaste. Seguir-te-á um séquito de golpistas, amparadas por um Poder Judiciário nem sempre equânime. Talvez também doenças incômodas e inconfessáveis. Talvez, trarás ao mundo inocentes não desejados ou planejados. Podes não acreditar, mas mulheres admitem ofensas, admitem repreensões. Admitem até que tu durmas com outra, aliás, as estatísticas colhidas na intimidade informam que a maioria gostaria de, ela própria, deitar-se com outra mulher, não se iluda com as imposições da sociedade.  Elas só não admitem agressões gratuitas, mentiras e abandono.
Se mentires, não estarás levando vantagem alguma, apenas partindo do pressuposto que a pessoa que tu amas veste touca de pacóvio. Escuta o amigo que tem avançado em anos, isso ela não o é, senão tu não a terias escolhido para compartilhar a vida. Portanto, escolhas a verdade canina, tornar-te o supersincero ao qual todas as mulheres rangem os dentes, mas apreciam.  
Se assim concordamos que esses seres maravilhosos não nem iguais a nós e nem são as estúpidas que os homens tolos acreditam que elas são, e como eu sei que, de todas essas considerações que julgo sensatas que aqui te tentei passar a única que te acordou até agora na leitura e mexeu com tua imaginação, foi a das mulheres dormindo com as outras, pois por mais que nos esforcemos, nenhum conselho ponderado pode superar as fantasias mais primitivas, devo esclarecer esse assunto mais profundamente, pois abandonar-se a uma só mulher, no desprezo de todas as outras maravilhosas que por aí estão, disponíveis e insinuantes, depende de sacrifício que nem todos os homens estão dispostos a cumprir, muito menos quando estão nas idades verdes.
Para compreendermos essa concessão, essa desigualdade antropológica, esquece teus delírios igualitários dos tenros anos e encara o fato de que na maior parte das sociedades as mulheres aceitam que os homens ricos tenham outras. De passagem, desejo-te também riqueza.
Se já concordamos que as mulheres não são umas imbecis, exploradas brutalmente por marmanjos agressivos, devemos aceitar que existe uma concordância feminina. Nas sociedades poligâmicas, apenas 2 a 5% das famílias possuem mais de uma esposa, o que não é muito diferente da nossa, formalmente monogâmica, mas materialmente hipócrita, em que uma pequena parcela dos homens mantém uma amante.
Essa concessão tem diversos motivos que nos trazem compreensões sobre a alma feminina.  Temos o motivo bioquímico, que determina que as mulheres, quando são tocadas, liberam o hormônio chamado oxitocina, responsável pela afetividade e vontade de ser protegida. Homens liberam vasopresina, que é o hormônio responsável pela territorialidade. Assim, quando dormires com tua namorada, tenhas consciência que ela quer que tu fiques por perto e tu não queres que os outros homens durmam com ela. As razões de ficarem juntos para sempre são diferentes, apesar do ato do matrimônio ser o mesmo. Há também o motivo sexual: como disse, sabe-se que 60% das mulheres topam dormir com outras mulheres enquanto que apenas 20% dos homens assim se interessam por homens, o que as leva a serem mais condescendentes com tal atitude, principalmente se também participarem. Tem-se ainda o motivo econômico. O ser humano aprendeu a caminhar sobre duas pernas para que o homem trouxesse alimentos para a fêmea que amamenta. Isso nos proporcionou uma infância mais longa e o desenvolvimento de nossa inteligência sobre os outros animais. Assim, o que nos torna humanos, desde os australopithecus, é que homens aceitam sustentar mulheres, e mulheres não aceitam prover nem um só marido, o que se dirá de dois ou mais? O corolário é que nunca, jamais, tu deves propor para dividir o motel e deves trabalhar duro para pagar as contas. Não há igualdade, e o responsável és tu.
Assim, se tiveres vontade de dormir com outra, não é algo anormal, motivo de chacota ou de ser considerado um repugnante inimigo pelas feministas de mentalidade empedrada, pelo contrário, a monogamia foi proposta pelos filósofos estóicos romanos como forma de dominar a mulher e acumular dinheiro. Basicamente, mantemos uma só esposa para ficarmos mais ricos e mandarmos no mundo. Essa é a razão porque dominamos 99% dos ativos (máquinas de produção, propriedades, ações...), ganhamos mais para exercer as mesmas funções e dois terços dos miseráveis do mundo são mulheres. A pretensa igualdade, existente apenas no formalismo dos discursos, gera um tremendo desequilíbrio social.
A monogamia produz outra desigualdade terrível: aos 65 anos, 73 por cento dos homens serão casados, contra apenas 32% das mulheres. Mais de dois terços de todas as mulheres que tu conheces e amas passarão por uma velhice abandonada, o que é uma tenebrosa crueldade por parte daqueles homens ricos que escolhem ter apenas uma esposa. No entanto, é assim que as coisas funcionam e, se for por motivos triviais, jamais abandona a mulher que escolheste.  Ela merece que tu lutes por ela.
Portanto, nunca a traia, nunca minta. Se quiseres, e tiveres condições, de ter outra mulher, fale sobre o assunto, pois é a maneira de te tornar um homem digno, ao contrário do que prega a sociedade que te empurra para omitires, enganares e ganhares mais e mais dinheiro, sem nunca dividir. Talvez, trocando de família, para reiniciar infinitamente no mesmo problema.
Para escolheres aquela com quem dividirás a vida, portanto, alerto-te para três mulheres que irás encontrar nas tuas andanças, raríssimas, e, portanto, preciosas, as quais tu deves fazer tudo aquilo que estiver ao teu alcance para que não se afaste e, melancolicamente, deixando-a irremediavelmente ir se ela não estiver na mesma sintonia.
A primeira delas é aquela que cuidará de ti, como a tua mãe o fez.  De maneiras piegas que profundamente mexer-te-ão nos nervos em um primeiro momento, ela será boa para teus filhos e na primeira dificuldade que tiveres na vida, irás te certificar que ela ficará ao teu lado quando todos ao redor já te tiverem dado as costas. Se um dia a abandonares, irás ser tomado de um arrependimento azedo, pois dificilmente terás outra oportunidade de encontrar alguém assim.
A segunda mulher incomum é aquela com quem gostas de estar. É a companheira de viagens, de filmes e de pipocas. Aquela com que tu gostas de ficar abraçado em silêncio. Aquela com quem tu gostas de tomar banho de mar e contemplar o horizonte do alto de uma montanha. Normalmente, ela espelha a ti e em poucas perguntas tu irás ver que vocês têm experiências de vida em comum, com coincidências surpreendentes.
O terceiro tipo é aquela com que tu gostas de conversar. Irás encontrar, em toda a tua vida, três, se tiveres sorte. Talvez quatro, se largamente gratificado por este mundo predominantemente composto de vazio , carência e escassez. Irás a reconhecer imediatamente por não ficares em silêncio na sua presença. Se tiveres uma tarde sozinho com ela, terás assunto para a tarde toda, e ela também.
Outra coisa importante é o leito. Nesse particular existem alguns indícios que as pessoas não têm como esconder.
Dizem os cientistas que pessoas que fazem sexo com mais frequência se parecem mais jovens. Na sabedoria medieval do Kama Sutra, somos informados que existem aquelas de paixões débeis, médias e altas. Dessa forma, pessoas de libido alta, ainda que não seja uma informação definitiva, podem se parecer mais jovens em uma proporção muito mais elevada do que a média. 
A sabedoria popular nos diz que as pessoas são na cama, como na mesa. Por isso observe como ela come. As enfastiadas e as que comem só para sobreviver terão boas chances também vir a ser na intimidade. As boas de garfo, conhecedoras dos molhos e das cozinhas têm mais chances de assim o serem sobre os lençóis. Por consequência, aprenda culinária, pois terás melhores oportunidades de encontrar alguém com essas características em uma aula de gastronomia ou num bom restaurante do que em uma danceteria ou em um bar de petiscos.
Por fim, existem dois tipos humanos, que podemos chamar de viajantes e de navegadores. Os viajantes são aqueles que buscam chegar ao destino, para os quais as viagens são cansativas. Aos navegadores, ao contrário, interessa é o percurso. Tu podes reconhecer a mulher facilmente, basta fazer uma viagem de automóvel. Se ela insistir em parar a todo o momento, tirar fotografias, comprar bugigangas e entrar em cidades fora da rota, a chance de gostar de passar uma tarde sobre a cama, é muito alta. Se ela reclamar o tempo todo da demora, normalmente, gosta apenas de prazeres rápidos, o sexo demorado e detalhado não ocupa parte importante na sua vida e com ela terás encontros mais curtos. 
Finalizando, fica mais um último conselho. Estuda três disciplinas.
A primeira é aquela que nos diz porque casar. A história, a arqueologia, a biologia, a economia, o direito, são campos do conhecimento que nos dão essas respostas. Se a nossa sociedade incentiva cada vez mais o individualismo e a incompreensão entre homem e mulher, por que não seguir a direção da ventania e simplesmente dizer não ao matrimônio? 
Por que a opção não significa ser livre, mas tornar-te um abandonado, um escravo de tua própria amargura.    
A segunda disciplina é a que nos diz como se relacionar. Estuda a arte dos lençóis: como conquistar, como se movimentar, como fazer massagens, como criar um ambiente propício, enfim, não espere até chegar a pessoa certa, mas se torne ela, de maneira prática, burilada. Semelhantes se atraem, sê aquilo que tu queres receber.
Por fim, estude para quê serve toda essa insanidade chamada amor. Adianto-te, serve para que cheguemos ao êxtase, palavra que em grego quer dizer ao mesmo tempo prazer supremo e parada.
Parar no ápice. Deus? Nirvana? Samhadi? Iluminação? Paraíso? Chama como quiser, mas essa é a ideia. Um antigo povo chamado drávida criou há cinco milênios uma disciplina que estuda um assunto que posteriormente talvez nunca mais tenha sido abordado metodicamente, os conhecimentos sobre o orgasmo. Essa matéria, exposta de maneira quase que cartesiana, a qual chamaram de “união”, cujas raízes do sânscrito nos remetem à nossa palavra “justiça”, que originalmente significava o laço simbólico colocado nos chifres dos bois a serem negociados, mostrando que as duas partes estavam irremediavelmente unidas pelo compromisso divino. Raiz etimológica, aliás, que até hoje se mantém no idioma inglês, em que “yoke” quer dizer uma junta de bois. Assim, a disciplina do “ius”, “yuk” ou do “yoga”, trata de como aproveitar o máximo do prazer pela união sexual. É o estudo de oito campos do conhecimento: da higiene, dos sons, da respiração, das posições, dos gestos, das entregas, da meditação e do êxtase propriamente dito. Não confunda com esse alongamento abobalhado de fundo religioso que normalmente é ensinado nas academias, yoga é muito mais que isso e os arqueólogos nos provam por registros antigos, que o seu símbolo “sagrado”, o OM, representa um pênis entrando em uma vagina, o que nos diz muito de seu significado.
Portanto, se quiseres dar e obter mais prazer, estuda o casamento, a cama e o orgasmo. Acredita, o gozo não é um espasmo rápido que dura quatro ou cinco segundos, mas um êxtase de longa duração, que te rejuvenesce, alucina-te mais do que uma droga ilícita e concede muito mais sacralidade do que as igrejas tentam-te vender.  A maior parte das pessoas não sabe disso porque não está disposta a parar, estudar e praticar.
Muitas mulheres se tornam amargas, e a maioria esmagadora de fato se torna por causa nossa. Percebe que estas, majoritariamente, o são porque os do sexo masculino não sabem tocar e ficar ao lado, coisas simplíssimas, mas ignoradas. As alegrias a dois, portanto, dependem principalmente do teu empenho. Que essa infâmia não seja, pelo menos por ti, perpetuada. És homem, ser solar, polo ativo da relação, portanto as iniciativas te pertencem, faz de alguém, alguém melhor.
Não sabemos por que explodimos com esse universo infinito, nem porque estamos aqui juntos nesse instante perdido entre o imensurável passado e o incerto porvir, mas sabemos que o sentido disso tudo, se é que existe, é mediato, não está no ganhar dinheiro, em dominar os outros ou no estudar cada vez mais para saber coisas que não conduzem a alma a uma posição de topo. Não está em relacionar-se com pessoas que apenas nos promovem aos outros ou nos aliviam momentaneamente. Estes podem até ser meios fugazes, mas não levam àquilo que realmente interessa. Por isso, não os idolatre como sentido último de tua vida, pois, adianto-te vivência, não são.
Neste momento deves achar que com estas breves palavras, fiz do amor algo por demais complexo, já que há poucos minutos pensavas que a natureza já havia ensinado-te tudo. Ora, ninguém falou que seria fácil e sempre há o que aprender. Os aforismos aqui apresentados não concluem, mas tentam apenas despertar-te para o mundo vasto que existe por aí.  
Assim, jovem amigo, como ambos sabemos que em poucas décadas estarei adentrado na minha final integração com o Cosmos, em um término que se me aproxima implacavelmente, e tu estarás aqui onde agora estou, neste funesto desfile, já ensaiando os passos para seguir-me sobre a pedra fria do umbral da passagem para a noite eterna, espero que estas poucas linhas influenciem na tua escolha de te tornares um ser humano melhor no decorrer dos anos que te restem.
Apenas torço por estar assim evitando a repetição dos meus erros por outrem e, em última instância, tentando-te poupar de reafirmar a frase de DeGaulle, que dizia que a felicidade não existe. Acredito o contrário, desejo-te do fundo do coração que alcances tudo o que a vida tem a oferecer. Desejo-te, sobretudo, paz.
Com meus cumprimentos sinceros,
Luiz de Wetterlé Bonow
Primavera de 2012.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

CRUEL DILEMA: SEIOS OU INTELIGÊNCIA?


Em pesquisa recente, o Doutor David Bainbridge, da Universidade de Cambridge, afirmou que os homens preferem inteligência a seios fartos, o tamanho não importa muito, desde que sejam simétricos.
Porém as mulheres menos providas que não queiram procurar o cirurgião plástico não devem dar pulos de alegria ainda, pois outra pesquisa com 16.000 mulheres chegou à conclusão que aquelas com curvas, com corpo de violão, são também mais inteligentes. Além disso, quanto menor for a razão cintura-quadril da mulher, ela terá maior probabilidade de produzir filhos com melhores habilidades mentais. Além de mais inteligente, ela ainda passará essa característica aos filhos!
Em outra pesquisa ainda, a Doutora Yvonne Rossdale chegou à conclusão que as de maiores peitos têm em média 10 pontos a mais de QI que as de seios pequenos.
E, por fim, mais outra pesquisa ainda que deve fazer Lombroso dar gargalhadas no seu túmulo: a maior parte das cientistas espaciais da NASA são loiras, aliás, elas superam as morenas na proporção de dois para um! Portanto, bastam também de piadas de loiras!
As mulheres que se sentem inferiorizadas que desculpem o autor deste blog por informar tal injustiça divina, mas é fato: as curvilíneas são também mais inteligentes.
Em conclusão, como diria Vinícius, "beleza é fundamental". Talvez os homens até avaliem mais a inteligência feminina que os seios fartos, mas, invertendo a questão, com certeza os homens inteligentes preferem as boazudas!

Luiz Bonow, 2015

quinta-feira, 11 de junho de 2015

ONDE ARRUMAR MULHER

As feministas de esquerda devem estar detestando este título! De novo!
Para não ser acusado de parcial depois de ter publicado esta postagem aqui, agora chegou a vez dos homens. Seguem algumas dicas tiradas de pesquisas científicas, quase tudo já foi dito na primeira postagem, mas repete-se para expor o ponto de vista masculino.
Estudo feito pela pesquisadora holandesa Christyntje Van Galagher, que constatou que cerca de 83% das pessoas que postam muito “selfies” têm vida sexual insatisfatória, o que parece ser indicativo de pessoas mais fáceis de serem seduzidas.
Também é desnecessário comentar que pessoas que gostem de ler encontrarão pessoas parecidas com ela em uma livraria, pessoas que gostem de esportes, em uma academia, e assim por diante. Como é sabido, se houver interesse em alguém parecido, o público alvo deve ser restringido. No entanto, as chances de procura se tornam reduzidas nestes locais: de onde se tirou que não se pode encontrar uma pessoa instruída na mesa de um bar e que quem lê precisa necessariamente encontrar um leitor assíduo também? Este lugar comum é mero preconceito.
Tampouco é desnecessário afirmar que os cuidados com a aparência e a higiene são fundamentais. Os clichês, como nádegas salientes, saltos altos ajudam, bonitos seios e pele lisa devem ser buscados para as mulheres. Para os homens, corpo bem torneado por exercícios, um bom carro e dinheiro também são poderosos atrativos.
O diabo, diz o ditado popular, está nos detalhes. Alguns deles devem ser salientados quando se procuram parceiros sexuais, já que aumentam as probabilidades de encontros.
Sentar-se no balcão do bar, ao invés de nas mesas faz aumentar as chances de se conhecer pessoas, principalmente para quem está sozinho e principalmente para homens. Pesquisa indica que as chances de um homem sentado conseguir ter contato com uma mulher que se aproxima dele é maior do que o contrário. 
Ao contrário do senso comum, mascar chicletes é relacionado com características positivas do indivíduo. Ainda que esta afirmação gere suspeita, por não se tratar de uma pesquisa acadêmica, mas uma experiência publicitária da marca Beldent (Trident, no Brasil), na qual as pessoas determinavam quais dos gêmeos idênticos eram os mais amigáveis, o resultado impressiona. Caso o leitor não tenha se convencido que deve mascar chicletes para ter mais sucesso sexual, o vídeo pode ser assistido pela Internet, no endereço da referência da nota de rodapé.   
Mulheres com bolsas caras e bonitas tem maiores chances de serem comprometidas, pois é uma maneira de sinalizar às outras mulheres a sua situação social. Por outro lado, homens temem a aproximação porque não se julgam à altura, o que quer dizer, para aumentar as chances de encontrar um parceiro para uma mulher, é melhor o uso de uma bolsa mais simples.  
Mulheres místicas, afirmam pesquisadores da Universidade de Kentucky  fazem mais sexo. Portanto, aulas de yoga, de biodança, sessões de Santo Daime ou outros locais que se encontram mulheres que se pretendem espiritualizadas são bons locais para um homem encontrar sexo casual.
Mulheres consideradas promíscuas não só têm mais dificuldade de encontrar parceiros duradouros (pelos motivos de serem mais súcubos, portanto inferiores socialmente), mas pesquisas demonstram (Disponível em: http://hypescience.com/mulheres-preferem-ter-amigas-menos-sexualmente-ativas/. Acesso 01 Jul 2014.) que também tendem a ficar isoladas por outras mulheres. Dessa maneira, as que estão em grupos com outras mulheres tendem a ter melhor potencial para aqueles que buscam relacionamentos mais longos e as sozinhas, apenas para uma noite.
Mulheres que caminham como se tivessem uma bola de tênis entre as coxas têm (bem) maior probabilidade de nunca terem atingido um orgasmo vaginal. Estudiosos da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, conseguiram um índice de acerto de 81,25%, apenas analisando o caminhar das mulheres pesquisadas. Esta é uma maneira que um homem pode discernir uma mulher virgem ou de “baixa quilometragem” em um grupo, mas também pode significar frigidez ou outros problemas psicológicos.
Todas as culturas observam uma característica que apenas alguns indivíduos possuem e que em português é chamado de “olhos de peixe morto”. Os chineses chamam de “olhos de lobos” e os japoneses de sampaku, que significa “três brancos”, em referência ao fato de possuidores de tais olhos apresentarem três partes brancas em torno da íris. Os falantes de língua inglesa chamam, talvez mais apropriadamente do que nas demais línguas, de Bedroom Eyes (olhos de quarto).
Independente de diversas superstições que cercam os possuidores de tais olhos, que terão morte violenta ou têm comportamento rebelde, por exemplo. O fato é que são pessoas normalmente consideradas mais atrativas do que as demais.
Estudos demonstram que olhar para cima é uma característica tida como mais atraente para as mulheres, já que normalmente esta é mais baixa do que o homem e subir o olhar significa aproximar-se, o que talvez explique em parte essa atratividade, mas essa característica é também significativa forma de atração para os homens que a possuem, o que derrubaria esta teoria.
Na ausência de maiores estudos a respeito, fique-se com a sabedoria popular: pessoas que têm “olhos de peixe morto” são conquistadoras mais eficientes.
O “Fala Mansa”: no mesmo sentido, de fato bem conhecido pela sabedoria popular, tem-se o homem de fala mansa e grave como atrativo. Este, não é difícil de compreender a razão porque acontece: pesquisadores chegaram à conclusão que homens de voz mais grave são mais atrativos para as mulheres, provavelmente por representarem mais as características masculinas, enquanto que o fato de falar calmamente produz uma sensação de segurança e autoconfiança. Portanto, treine falar lentamente e de forma grave.
No Brasil, há a caricatura do “Mineirim”, amplamente popularizada pelo cartunista Ziraldo, como expoente desses traços de personalidade. 
Com relação ao sorriso, homens e mulheres sentem diferentes formas de atração. Em estudo daThe University of British Columbia, as mulheres mais felizes são as mais atraentes, seguidas das envergonhadas e as orgulhosas as menos atraentes. Com os homens, é exatamente o oposto. Os homens mais orgulhosos e autoconfiantes são mais atraentes, seguidos dos tímidos, ficando os alegres e sorridentes em último. Em outras palavras, mulheres mais simpáticas e homens mais arrogantes têm mais sucesso.
Mulheres avaliam homens pela sua posição social. Portanto, aquele que estiver em sociedade deve lembrar-se do ditado que não se devem caçar borboletas, mas cuidar do jardim para que elas venham até ele. Nesse sentido, a atenção deve ser dada inicialmente sempre aos outros homens, em contraposição à atitude de “tarado” ou “babão”, ou em contraposição ainda ao tímido, que fica sozinho com seu copo em um canto. Aquele que tem muitos amigos, o “alma da festa”, o piadista, o que toca violão ou o que expõe opiniões consistentes ou tiradas inteligentes possui maiores chances de sucesso com as mulheres, é o que se chama popularmente de “macho alfa”.
A posição de erguer levemente o queixo para os homens e baixar levemente o queixo para as mulheres também é considerada atrativa, de maneira que é conveniente um treinamento para se acostumar a esses gestos. Portanto, a postura de “general em visita às tropas”, para os homens e de “gueixa” para as mulheres são consideradas mais atraentes.
As Roupas Vermelhas: a simbologia dos antigos era bastante explícita: o triângulo equilátero com o vértice para baixo representava a mulher, para cima, o homem. Quando o triângulo era pintado de branco, representava o masculino, com referência à cor do esperma, enquanto que o vermelho representava o feminino, em alegoria ao fluxo menstrual. As mortalhas na Índia ainda são feitas com essas cores, como representante do sexo do falecido.
Numerosas pesquisas demonstram que o vermelho é a cor de roupas mais atraente para ambos os sexos. Algumas explicações são aventadas: desde os romanos, o vermelho é a cor utilizada pela nobreza, já que antes da existência dos corantes artificiais, era a tonalidade mais cara, dificilmente encontrada na natureza, o que, aliás, criou o primeiro ciclo econômico e que deu nome a este país: o pau-brasil era utilizado para se extrair corante vermelho.
Essas explicações, no entanto, esbarram em novas pesquisas executadas ao redor do mundo, como a publicada no Journal of Experimental Psychology , que demonstra que esta característica é universal, para todas as culturas. O responsável pelo estudo, Andrew Elliot, sugere que talvez essa seja uma característica biológica, é um recurso também utilizado pelos macacos babuínos para atraírem parceiros sexuais.
Independente de motivos, em igualdade de condições, aquele indivíduo que usa vermelho parece ser mais poderoso e com maior capacidade de sedução.
O medo é poderoso afrodisíaco. Já no Ananda-Ranga era falado que o homem tem mais sucesso com as mulheres em dias de raios e trovões. No primeiro encontro é mais produtivo assistir um filme de terror do que uma comédia romântica. Um passeio de montanha russa é melhor do que um romântico passeio no pedalinho. Pesquisadores descobriram que é mais fácil abordar mulheres em uma ponte pênsil sobre um abismo do que em um pontilhão de concreto em um local baixo. 
Pedidos feitos no ouvido direito são 50% mais eficientes do que aqueles feitos no ouvido esquerdo, dizem pesquisadores italianos, já que estes são processados no hemisfério esquerdo do cérebro, responsável pelas emoções. Portanto, o homem deve se posicionar sempre no lado direito da mulher (um viva para os automóveis na Inglaterra!). Se acompanhado de um leve toque no antebraço esta tática funciona melhor ainda.
Mais importante que tudo isso é o olhar de raio laser. O homem deve sempre olhar apenas para os olhos e para os lábios da mulher intensamente, o tempo todo. Aqueles que olham para outras partes do corpo ou ao redor terão menos chances de conquista.
Por fim, uma lista de locais em que é mais fácil de se encontrar mulheres:
- locais de religião ou misticismo, conforme já mencionado este é o “top” para homens;
- “hostels” e locais de hospedagem para jovens;
- trilhas de lama, barcos de rafting e outros locais turísticos de risco e aventuras radicais;
- supermercados, especialmente os 24 horas, tarde da noite;
- karaokês;
- livrarias;
- museus de artes plásticas;
- filas em geral, especialmente de aeroportos;
- viagens e locais turísticos;
- grupos: de caminhada, de ciclismo, de trabalho voluntário...;
- cursos em geral, mas mais especificamente oficinas de criação;
- para homens: academias de dança de salão. 

Luiz Bonow, 2015