“Tudo nesse mundo é sobre sexo, exceto sexo. Sexo é sobre poder.”

(Oscar Wilde)

quarta-feira, 13 de maio de 2015

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Campo de Estudo: Orgasmo

O leitor já deve ter visto em filmes, já que não e um costume brasileiro, a cena de casamento em que o celebrante coloca um laço sobre as mãos dos noivos, simbolizando a união eterna.
Conforme ensina Miguel Reale, esta é a origem da palavra “justiça”, um laço que os antigos colocavam nas cabeças dos bois que vendiam, simbolizando que o contrato estava firmado, amarrado perante os deuses. Em latim, essa obrigação, “obligare”, era “ius”, palavra derivada do radical sânscrito “yuk”, que manteve no idioma inglês significado e sonoridade muito próximos ao original: “yoke” significa uma canga, uma junta de bois.
Além de justiça, “yuk” deu origem a outra palavra no português, “jugo”, que contém em sua escência  ao mesmo tempo uma obrigação e uma união.
Outra palavra usual derivada desse radical sânscrito é “yoga”.
Yoga é o conjunto de técnicas que visam unir-se, estar-se obrigado a uma determinada conduta em conjunto com o outro. É uma forma de enlace.
Yoga faz parte dos conhecimentos que os homens antigos desenvolveram para unir um homem e suas esposas, na mesma linha de conhecimentos adquiridos em algum momento da pré-história localizado entre a descoberta do papel masculino na reprodução e a descoberta de maneiras de retenção da ejaculação, conforme foi explicado em postagem anterior.
Por mais que nas academias existam muito mais mulheres que homens hoje em dia praticando essa técnica, historicamente sempre foi uma arte masculina que visava o autocontrole, e consequentemente a satisfação pessoal e cumprir de maneira mais eficiente obrigações sexuais em um tempo de relações poligâmicas. A ideia, originalmente, era satisfazer várias mulheres ao mesmo tempo, não tem nada a ver com o alongamento abobalhado que a maior parte das pessoas pensa que o yoga é.
Yoga, significando união, jugo, obrigação ou enlace, é das principais técnicas da Arte dos Lençóis que chegou até nós, criada pelos antigos.


Luiz Bonow, 2015

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