Campo de Estudo: Encontros
Não é por
acaso que a palavra “vitoriano” é sinônimo de moralista, pois foi justamente no
reinado da Rainha Victoria, período da revolução industrial inglesa, que começou
a aparecer a necessidade de mão-de-obra especializada e suas consequências que
são o controle reprodutivo e controle sanitário, tão ensinados nas aulas de
Educação Sexual das escolas brasileiras.
É claro que
é muito importante ensinar aos jovens que iniciam a vida sexual, como evitar
doenças sexualmente transmissíveis e como evitar gravidez indesejada, mas será
que é apenas isso que eles realmente necessitam saber?
Que tal respostas
mais simples e diretas? Como um homem se aproxima de uma mulher? Como a toca?
Como escolher o parceiro para a vida toda? Em que locais uma mulher encontra
pessoas interessantes? Por que casar e não apenas “ficar”? Quais as técnicas de
conquista mais eficientes?
E que tal
perguntas com respostas mais complexas que hoje em dia levariam o professor
para a cadeia? Como um homem retém a ejaculação para evitar ter filhos ou
prolongar o orgasmo? Como uma mulher faz exercícios com a musculatura vaginal
para obter orgasmos mais intensos e reduzir os índices de frigidez? Como um
homem pode satisfazer a mulher, ou mulheres, na cama por várias horas seguidas?
Que tal um
estudo de literatura sexual antiga? Os indianos e chineses, dentre outros,
criaram técnicas e mais técnicas úteis para a vida de todos nós. Os manuais de
sexo estão aí, disponíveis em qualquer livraria, inclusive para “download”
gratuito. Por que não os utilizar como livros didáticos? Por que não ensinar
isso na escola, se é algo prático, útil, que melhora a vida psicológica, a
saúde e a longevidade dos casamentos e proporciona uma qualidade de vida
consideravelmente melhor?
Será que as
aulas de educação sexual, que versam apenas sobre questões sanitárias e
reprodutivas, pagas com o suado dinheirinho do contribuinte, realmente servem
para alguma coisa útil, ou simplesmente para aprimorar a repressão sexual e
criar indivíduos que se envergonham dos seus comportamentos anônimos, que
precisam aprender tudo por si próprios, se aprenderem, e, por isso, sejam simples
autômatos, escravos da sua sexualidade, e facilmente manipuláveis?
Luiz Bonow, 2015
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