Campo de Estudo: Gênero
Não é fato
corriqueiro encontrar uma mulher que seja dona de um caminhão. E nem de uma
empilhadeira. E nem de uma corrugadeira, de uma prensa hidráulica ou de uma
injetora de plástico. E nem de um avião de carga ou uma retroescavadeira. Ora,
mulheres não gostam dessas coisas “de homens”? Pois bem, então não se costuma
encontrar mulheres com cartas de patentes ou títulos acionários. Os títulos de
propriedade de terra no Brasil, que muitas vezes são simplesmente herdados dos
pais, pertencem apenas pouco mais de 10% às mulheres. No poder político e no
domínio dos meios de comunicação as mulheres também estão em minoria.
Todas essas
maneiras de produzir riqueza chamam-se “ativos”.
Há mais de
duas décadas estudo as questões de sexo e casamento e jamais vi uma única linha
publicada a respeito da principal desigualdade entre homem e mulher: a questão
da diferença dos ativos que, conforme dados da ONU, em nível mundial pertencem
num grau de 99% em favor dos homens, tornando as poucas mulheres detentoras de riqueza, não um grupo minoritário, mas exceções que confirmam a regra.
É, portanto,
verdadeiramente feminista aquele indivíduo que busca meios de transferir ativos
majoritariamente masculinos para as mãos das mulheres.
A força de
trabalho é um ativo sempre que gerar meio produtivo para a própria pessoa. Uma
médica no seu consultório, uma dona de loja ou uma faxineira doméstica
gerenciam a riqueza gerada por elas próprias. Uma caixa de supermercado ou uma colhedora
de algodão, que ganham apenas para a sobrevivência geram ativos somente para os
seus empregadores.
É, portanto,
a ideologia do feminismo que trata unicamente da questão da igualdade salarial
entre homens e mulheres meramente ideológica. Conforme a postagem de ontem neste blog, Sua Santidade só faltou dizer que é pecado.
Pode-se,
portanto, diferenciar os feministas entre aqueles que podemos chamar de “liberais”,
que buscam equilibrar a riqueza produzida pela humanidade e os “socialistas”,
que se preocupam apenas com a igualdade salarial.
Mas você,
caro leitor, já viu na vida alguma feminista falar da diferença de ativos?
Luiz Bonow, 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, nada de propagandas, palavrões ou ofensas!