Campo de Estudo: Orgasmo
Para os que têm acompanhado o “Sexo – Nu e Cru”, foi falado nesta postagem, que o controle do impulso do orgasmo leva a um controle da energia
sexual que os antigos chamavam de “kundalini”, conforme foi citado também nesta postagem aqui.
O movimento
dessa tal de kundalini produz um prazer intenso e, com muita, muita prática,
produz alterações no estado mental, de maneira similar ao do uso de drogas.
Ao sair-se
do estado normal de consciência, existem três estações ou pontos de
desenvolvimento da atenção.
O primeiro
deles, o estágio de parada e concentração, que aqui se batizou com o nome de “estase”.
Sem apologia das drogas que, pelo contrário, são altamente desaconselháveis,
este estado mental é chamado pelos maconheiros de “chapação”. É quando o
indivíduo começa a prestar atenção intensa no ambiente que o cerca e no próprio
corpo.
Esta parada é
acompanhada de uma alucinação auditiva, na forma de um zunido forte, vibrando
nos chamados “sons binaurais”, que são reproduzidos em inúmeras ações humanas,
normalmente ligadas á religião ou ao encantamento: canto gregoriano, mantras
budistas, realejos, hinários, etc.
Com maior
concentração, o indivíduo ingressa no estado de “êxtase”, que os
bebedores de Santo Daime chamam de “miração”. Este é o momento que começam a
surgir alucinações na forma de cores preternaturais, faíscas, minhoquinhas,
cacos de vidro coloridos e outros “flashs”, até o ponto que essas imagens tomam
forma e passam a constituir imagens organizadas.
Num terceiro
estágio, utilizando-se a expressão da psicologia, a mente ingressa no estado de
“insight”, que é quando ideias afloram e conhecimentos não racionais
começam a surgir de maneira concatenada.
Maluquice,
não? Ora, o autor inventou essa coisa de três degraus, um de concentração, outro de iluminação e outro de sabedoria? Não! Os hindus já tinham palavras para esses
três estados mentais há milênios: “dhárana”, é o estágio de
concentração, “dhyana”, o nível de contemplação e “samádhi”, o
nível de conhecimento. As expressões foram meramente ocidentalizadas, mas o conceito é muito antigo.
E como
conseguir isso com sexo? A média de um ato sexual na nossa sociedade é de sete
a dez minutos, duas vezes por semana. Uma mulher se excita no período de, pelo
menos, 13 a 16 minutos. Portanto, aqueles homens que acham que sexo é um ato
meramente mecânico voltado á ejaculação, jamais vão ficar o tempo suficiente,
nem ao menos para satisfazer a sua parceira, quanto mais para chegar a um
estado alterado de consciência.
Isso
significa, para quem for rico e não precisar trabalhar, algumas horas de
treinamento por dia.
É muito chato ficar tanto tempo acordado sobre uma cama?
Sugerem-se alternativas para aqueles que não apreciam: assistir TV, surfe,
marcenaria, tricô...
Luiz Bonow, 2015
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