Uma das visões a respeito das razões porque se intensificou o estudo médico da masturbação e das perversões sexuais a partir do Século das Luzes é do historiador Thomas Laqueur: isso ocorre pela negação do indivíduo diante do surgimento da ideia de sociedade de massas.
Esta visão pode ser lida na reportagem a respeito de masturbação da Revista Superinteressante que pode ser lida clicando aqui,
Outra, é a visão de Michel Foucault: com o surgimento da Revolução Industrial, a sexualidade ficou restrita aos espaços onde dava lucro, o divã do médico e o bordel. Por isso que Sade e Freud surgiriam nessa época.
O meu olhar, no entanto, é diverso de ambos, conforme retornarei ainda muito neste blog: a exclusão do conceito de natureza a partir do século XVIII, tem a ver com a negação da ideia de Direito Natural, na qual Locke, pouco antes, preconizava como sendo o fundamento do direito à propriedade.
Ora, se existe uma natureza humana imutável, este é um direito inalienável, não podendo ser relativizado pela sociedade.
A modernidade, portanto, nega a natureza como fundamento, já que quer impor o conceito de um ser social, mutável e, portanto, um boneco maleável pela ação dos governantes.
E, sendo o campo sexual onde essa natureza aflora com maior intensidade, a sociedade precisa ser reprimida e contida, de maneira a produzir o indivíduo sem face preconizado por Rousseau, Marx, Compte e demais pilares do pensamento moderno.
Em última instância de pensamento, portanto, o que está sendo negado com a repressão sexual é o direito natural à propriedade e ao livre-arbítrio individual,
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